As eleições americanas de amanhã mostrarão ao mundo os verdadeiros extremistas e mentirosos
07/11/2022 às 09:41 Ler na área do assinanteNesta terça-feira, dia 8 de novembro, os americanos irão às urnas nas chamadas midterms, as eleições de meio de mandato. Como não poderia deixar de ser, o pleito vira uma espécie de referendo sobre o presidente em exercício, no caso o democrata Joe Biden. E é precisamente isso que acontecerá.
O presidente Biden e os democratas estão em apuros. A média de pesquisas do RealClearPolitics indica uma onda vermelha nas midterms e prováveis maiorias republicanas na Câmara e no Senado. Como não há centrão por lá, isso indica uma dificuldade praticamente incontornável de governar.
Os motivos para tal quadro são inúmeros. A economia é o principal deles, e quando o bolso dos eleitores dói, quem está na situação tende a sofrer.
As políticas econômicas do governo Biden resultaram em uma inflação alarmante que afeta os preços e os salários. Falta de aviso não foi. Ao aprovarem um pacote de gastos ridículo, os democratas gastaram o dinheiro do povo prometendo um alívio para a economia americana – uma ideia tão ridícula que só poderia ter vindo de quem nunca produziu riqueza na vida. Quando o governo imprime mais dinheiro do que o necessário, a única consequência disso é inflação. E quando a conta é de US$ 1,9 trilhão, aí tudo vai para as cucuias.
Para além da pauta econômica, a criminalidade também é tema recorrente nos debates e mais um motivo de insatisfação com o atual governo. Como noticiou a FOX News, o crime disparou no país desde 2020. Se vocês bem lembram, naquele ano o Black Lives Matter aproveitou o caso George Floyd para empurrar goela abaixo sua agenda contra a polícia com a criação de zonas livres da presença policial. Em grandes cidades e estados administrados por democratas, a situação virou um inferno. Muitos americanos culpam os democratas pelo aumento brutal da insegurança – e com razão.
Em suma, o Partido Republicano foca na economia e no aumento da criminalidade para tentar a maioria no Congresso.
São as duas pautas mais urgentes para o american people e que o presidente Biden nada tem a falar, pois a situação deplorável de ambas é responsabilidade sua. Não total, mas o resto é de seu partido.
Sabendo bem da situação, Joe Biden fez um discurso na Filadélfia para a militância esquerdista criminalizando os republicanos como ‘’negadores das eleições’’, em clara referência ao certame de 2020. Bom, não adianta bater nessa tecla, pois o mundo inteiro sabe o que aconteceu naquela ocasião. Ninguém é idiota o bastante para esquecer de fatos como o governador democrata da Pensilvânia alterando as regras eleitorais do estado para aceitar votos três dias após o dia da votação ou de cédulas eleitorais encontradas no lixo em Wisconsin – todas elas continham votos para o ex-presidente Donald Trump. Tentar fazer o eleitor de trouxa é uma péssima decisão.
No fundo, o presidente Biden está desesperado com o cenário mais provável após as midterms.
O Partido Democrata focou a campanha com a pauta abortista – após a decisão da Suprema Corte em rever Roe vs Wade – e na dita violência política republicana com centenas de candidatos do GOP contestando as eleições de 2020.
Tal decisão foi de uma burrice tremenda, pois os conservadores são bem sucedidos na conquista da opinião pública americana para a pauta pró-vida, além da sujeira da eleição presidencial passada ser fato de conhecimento geral – qualquer dúvida é elucidada no documentário 2000 Mules, de Dinesh D´Souza.
Após a bizarrice de 2020, os republicanos aprovaram legislações visando garantir a transparência das eleições. Aprenderam com uma experiência desagradável e agiram dentro da lei para resolver tal problema.
É assim que as coisas funcionam em um Estado de direito. Sem mordaça, censura, perseguição ou ilegalidades.
Sem juízes ferindo o devido processo legal, fazendo lives com políticos, agindo como celebridades ou angariando o poder de polícia do discurso. Qualquer semelhança com a nossa republiqueta é mera coincidência – afinal, não interessa mais se tal conteúdo é falso, mas as conclusões tiradas.
Como disse, os americanos não são idiotas. Essas midterms mostrarão quem são os verdadeiros extremistas e mentirosos dessa história. E os sinais estão aí: os democratas podem perder disputas para o Senado em Nevada, Pensilvânia e New Hampshire – algo impensável até pouco tempo. Os ganhos republicanos na Câmara irão surpreender. Não dou palpite, tampouco faço previsões furadas. Mas o histórico dessas eleições e dos institutos de pesquisa – tendenciosos ao Partido Democrata – mostram uma inequívoca onda vermelha.
A América poderá respirar. O Partido Democrata é a agremiação política da mentira, do rancor e do antiamericanismo por excelência. Que os americanos tratem de dar a respostas nas urnas.
Carlos Júnior
Jornalista