Lava Jato invade a Arena Corinthians (veja o vídeo)
11/11/2016 às 07:27 Ler na área do assinante
Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, já está sendo investigado e tudo indica que o clube também foi lesado. A ‘paixão corintiana’ serviu de estímulo para o enriquecimento ilícito e a falcatrua.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou a abertura de um inquérito para investigar o atual deputado federal Andres Sanchez (PT-SP), na Operação Lava Jato, pelo crime de corrupção passiva.
O pagamento de uma propina no valor de R$ 500 mil já foi detectado e é alvo de investigação na ‘República de Curitiba’.
Uma planilha apreendida com uma funcionária da Odebrecht - Maria Lúcia Guimarães Tavares – tida como uma das responsáveis pelo setor de ‘gestão de propinas’ da empresa, deu início às investigações.
Por outro lado, tudo indica que na construção do estádio, cláusulas contratuais pactuadas entre a construtora e o clube não foram cumpridas.
Em nota oficial, publicada nesta quinta-feira (10), o presidente do Corinthians manifestou o seu repúdio. Veja a íntegra da nota:
Eu, como presidente do SCCP, torno público, em relação à matéria jornalística publicada hoje (10/11/2016), no Globo.com/Globo Esporte, onde se descreve fatos que envolvem contratos com "percentuais de verbas orçamentárias divididos entre a Odebrecht e fornecedores desta na construção da Arena Corinthians", que tais fatos já fazem parte da Auditoria Geral da Obra da Arena Corinthians, em curso e coordenada pelo escritório Molina & Reis Advogados.
Naturalmente, os fatos são muito graves e apenas a formalização em documentos desta divisão já nos causa muito pesar, até por estar claro no Primeiro Aditivo do Contrato de Construção do Estádio (EPC), assinado pelo então presidente Andres Sanchez, que tais verbas orçadas pela construtora deveriam ser tratadas como uma conta corrente, ou seja, quando se economizasse em um item específico, o Clube teria o retorno dos recursos não utilizados. Por outro lado, em itens em que os valores finais para execução fossem maiores, teria-se que diminuir do montante de outros itens de verbas orçamentárias ou reduzir o escopo daquele item que superasse o valor contratualmente previsto.
Qualquer procedimento diferente não faria o menor sentido, e atenta diretamente contra a boa fé e o equilíbrio do contrato.
As consequências civis ou criminais de fatos comprovados em detrimento ao Clube e de sua imagem estão e serão devidamente levados adiante, certamente, nas instâncias que forem adequadas e necessárias.
Roberto de Andrade
Fica nítido que na construção do majestoso estádio, tudo foi feito às avessas. O próprio ex-presidente Lula, na época em que curtia os seus altos índices de popularidade, confessou que a obra foi iniciada sem processo licitatório, três meses antes da assinatura do contrato. Ou seja, é, sem dúvida, algo que não poderia dar certo ou, pelo menos, algo cheio de coisas erradas.
da Redação
Veja o vídeo:
