A fábula política. Como em "O Lobo e o Cordeiro", a política é capaz de escrever "O ex-presidiário e a 'fascista' do agro"
06/10/2022 às 08:50 Ler na área do assinantePrestando a atenção no que acontece na política, vejo algumas situações dignas de ditados, contos ou fábulas. Poderia pegar o caso do José Serra, um velhaco na política nacional que consegue se posicionar de forma vesga neste 2º turno das eleições, onde em nível nacional apoia Lula e regionalmente apoia um opositor, Tarcísio de Freitas. Seria o ditado Um olho no peixe e outro no gato.
Vejo o Ciro Gomes, depois de tudo que externou sobre Lula e o apoiar na hora H, como no conto 'O Espelho', de Machado de Assis. Ciro, como Jacobina, defende que todos temos duas almas. Uma interior e outra para mostrar-se ao mundo. Ele comete um adultério às avessas, ou seja, trai quem nunca teve, e sua alma exterior o convence que é assim mesmo. Porém, sua alma interior é aquela que o define.
Mas é em Simone Tebet que recai o perfil da fábula. Ela, uma pessoa que tem fortes raízes com o agronegócio e a política, sucumbe às palavras de seu acusador. Se une àquele que chamou de fascistas e direitistas o pessoal do agro. Admite, portanto, ser uma fascista.
Esopo foi um escritor da Grécia antiga e a criação das fábulas é atribuída a ele. E destes tempos surgiram as conhecidas MORAL DA HISTÓRIA, que muito nos ensina. E já pedindo licença para usurpar de sua fábula 'O lobo e o cordeiro', atrevo-me a cometer um plágio.
Começo pela MORAL DA HISTÓRIA: Tentar evitar o mal daquele que já decidiu cometê-lo? Perda de tempo!
Implicitamente, essa moral cabe a ambos, depende só do ponto de vista. Quem estaria cometendo o mal? Tebet sabe que Lula, eis o lobo, cometerá o mal. E Lula, ao receber Tebet, já sabe que ela comete o mal ao se unir a ele. Mas isso não vem ao caso, quando nos deparamos que a iniciativa vem da própria Tebet, portanto, ela é o cordeiro.
Vamos ao plágio:
Estava um lobo a beber água num riacho (pleito presidencial), quando avistou uma cordeira que também bebia da mesma água, um pouco mais abaixo. Mal viu a cordeira, o lobo foi tirar satisfações, arreganhando os dentes.
— Como tens a ousadia de querer beber da minha a água (cargo de presidente) onde eu estou a beber?
Respondeu a cordeira humildemente:
— Eu estou a beber mais abaixo (não vou ganhar), por isso não te posso sujar a água.
— Ainda responde, sua insolente! - bradou o lobo ainda mais colérico. — Já há algum tempo o teu pai me fez o mesmo (Ramez Tebet foi muito próximo de FHC, adversário de Lula à presidência).
Respondeu a cordeira:
— Nesse tempo, Senhor (Lula), ainda eu não era nascida (para a política), não tenho culpa.
— Sim, tens — retrucou o lobo —, pois estragou todo o pasto do meu campo (em MS).
— Mas isso não pode ser, porque ainda não tenho dentes (só fui prefeita e vice-governadora de um ex-presidiário como o senhor).
O lobo, sem mais uma palavra, saltou sobre ela e logo a degolou e a comeu.
É assim que a história lembrará de você, dona Tebet. Uma cordeira que envergonha o país. Uma morta política!
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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