Quem é o verdadeiro Eduardo Leite? O que é que ele realmente pensa? Com quem ele vai se juntar na reta final?
É oportuno questioná-lo quando o PSDB liberou seus filiados no 2º turno para escolherem a quem apoiar.
Forte no marketing pessoal, Eduardo Leite projetou-se como prefeito de Pelotas vendendo a ideia de ser "o novo em política" e a renovação por todos almejada. Mas será ele mais do que um moço "bem produzido" e hábil em falar o que os outros esperam ouvir?
No curto tempo entre se lançar candidato ao governo do Rio Grande do Sul, eleger-se e renunciar ao mandato, ele granjeou antipatias desde a extrema esquerda (leia-se PT & puxadinhos) até ao setor que trabalha, produz e faz girar a roda da economia.
É ilustrativo que o CPERS Sindicato, agremiação de extrema esquerda que se diz representante dos professores estaduais, haja publicado um virulento manifesto sob o título "Alerta ao país: quem é Eduardo Leite e por que sua gestão foi um desastre para a educação pública".
A questão agora é se, para ganhar os votos da esquerda radical, ele vai ter o peito de flertar com o PT, usando o blá-blá-blá da velha política e fingindo desconhecer os antecedentes criminais de Lula e sua turma.
Leite sabe que Lula foi condenado por vários crimes e só saiu candidato graças a casuísmos do STF. Ele tem ciência de que a polícia está investigando conexões entre PT e a facção criminosa PCC. E tem clareza, portanto, de que votar em Lula é dar um sinal verde ao crime.
Veremos, pois, se Eduardo Leite é alguém com elevação moral e a nobreza de pôr o futuro do país bem acima das ambições pessoais ou se, pelo contrário, é uma espécie de Dorian Gray, capaz de hipotecar a própria alma para satisfazer seu narcisismo.
Renato Sant'Ana
Advogado e psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br