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Bolsonaro vence por 11 a 1 no Conselho de Ética
09/11/2016 às 23:49 Ler na área do assinante
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou nesta quarta-feira (9) representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Foram 11 votos contrários e um a favor do parecer do relator Odorico Monteiro (PROS-CE), que pedia o prosseguimento das investigações. Bolsonaro respondia no colegiado por apologia a tortura.
Ao discursar na votação da admissibilidade do impeachment, Bolsonaro prestou homenagem e dedicou seu voto ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI-Codi (Destacamento de Operações Internas) de São Paulo entre 1970 e 1974, durante a ditadura militar, e é acusado de tortura e do desaparecimento e morte de pelo menos 60 pessoas. Durante sua gestão, cerca de 500 pessoas também teriam sido torturadas nas instalações.
A representação foi encaminhada pelo PV ao Conselho de Ética. O partido acusou o deputado de fazer apologia à tortura ao declarar que dava seu voto “pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”.
O relator pediu o prosseguimento do feito, mas foi fragorosamente derrotado pelo voto contrário de todos os demais membros do conselho.
Por outro lado, na guinada mundial à direita, reforçada com a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro reforça o seu processo de crescimento eleitoral e já se credencia como candidato com chances reais nas eleições presidenciais de 2018.
da Redação