Grampo no STF, um crime esquecido, mas que precisa ser lembrado

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A maior agressão à ordem democrática da história do Brasil é ignorada por grande parte dos brasileiros: ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), foram criminosamente grampeados no curso da operação Satiagraha, comandada por Protógenes Queiroz, servindo a interesses do governo Lula.

Esse e muitos outros fatos escabrosos estão descritos e documentados no livro "Assassinato de reputações - um crime de Estado" (ed. Topbooks) de Romeu Tuma Junior, secretário nacional de justiça no governo Lula, que, por isso mesmo, conhece muito bem o modus operandi de Lula e do PT.

"O grampo foi feito com uma maleta francesa, empregada para rastrear celulares em presídios", relata Tuma Junior no capítulo 9 do livro.

A maleta é capaz de identificar todos os celulares ativos num ambiente, mostrando o número de cada um no display. O agente seleciona o número da vítima do grampo e faz a máquina entrar no lugar da companhia telefônica, virando seu "provedor", com a função das ERBs (Estações Rádio Base), que conectam os telefones celulares à companhia telefônica.

Aí, é possível, por exemplo, enviar um torpedo para um traficante em nome da vítima, o que ficará registrado como se fosse dela na companhia telefônica.

A máquina falsifica o torpedo e não deixa rastros. 

"Aí você bota a PF em cima da pessoa, cujo sigilo telefônico, quebrado mediante ordem judicial legalíssima, vai acusar o torpedo entre ela e o traficante. Pronto: a mala acabou de assassinar mais uma reputação!", escreve Tuma Junior.

Quanta chantagem essa gente terá praticado produzindo provas falsas? Se o governo petista foi capaz de usar a polícia contra o STF grampeando os seus ministros, o que não terá feito com "inimigos" mais vulneráveis?

Fato é que no governo do PT a PF (Polícia Federal) foi levada a cumprir funções iguais à da Gestapo, a temível polícia secreta do regime nazista chefiado por Adolf Hitler, isto é, investigar e perseguir pessoas e grupos fichados como inimigos do regime.

Aliás, a PF grampeou até o próprio Tuma Junior por ele ter investigado petistas como José Dirceu e Luiz Eduardo Greenhalgh, além de ter dado uma espiada no assassinato de Celso Daniel.

É assustador saber que o PT instituiu um Estado policial para perseguir adversários e proteger aliados, um regime no qual governo, Estado e partido se confundem, o que é característico dos regimes totalitários - a pior espécie de ditadura, a morte da liberdade.

Esse projeto abominável só não se consolidou porque o mensalão foi descoberto a tempo e acabou atrapalhando a compra de parlamentares pelo governo petista.

Mais assustador ainda é haver quem, por desconhecimento, má-fé ou ambos, admita a volta desse governo comprovadamente desumano.

Não existe hipótese pior para o Brasil do que eleger Lula.

Votar nele é dar um sinal verde a um projeto alicerçado no crime.

Nada pode ser pior!

Foto de Renato Sant'Ana

Renato Sant'Ana

Advogado e psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br

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