BOMBA! PTB nacional e de MG reagem, derrubam o presidente do partido no estado, e já nomeiam o substituto
26/09/2022 às 21:12 Ler na área do assinanteHá tempos o presidente do Partido Trabalhista Brasileiro - PTB/MG, Bráulio Braz, vem sendo monitorado por seu comportamento e postura partidária. Com a chegada do ano eleitoral, essa conduta tomou uma direção estranha aos princípios do partido de Roberto Jefferson.
A partir do período pré-eleitoral, Bráulio Braz agravou ainda mais as desconfianças dos petebistas, inclusive, com encontros que suscitavam dubiedade partidária, ou seja, estes encontros indicavam que Bráulio estaria associando o partido a interesses de adversários políticos da sigla.
Fontes da cúpula do partido, inclusive, declararam uma enorme insatisfação com um encontro que Bráulio havia proposto, de forma escusa, de levar um importante nome do partido para o governador Romeu Zema. Foi recebido pelo secretário do governador, e que as conversas sugeriam que haveria troca de favores, inclusive, financeiros, por apoio ao partido adversário. Esse movimento foi considerado como uma traição, visto que o partido sempre trabalhou por chapa puro sangue (todos do PTB).
Bráulio José Tanus Braz, é deputado estadual e rico empresário no ramo de veículos. Suas duas eleições para deputado estadual foram definidas por QP (Quociente Partidário), ou seja, não foi eleito por vontade popular. Atualmente, candidato pela quarta vez consecutiva, agora a deputado federal pela primeira vez, conta com recursos do partido, na ordem de mais de 1,8 milhão de reais, além de 765 mil reais entre recursos próprios e de familiares.
Quando veio, oficialmente, o período de campanha, as denúncias contra Bráulio, já acumuladas nos últimos meses, chegaram ao limite, especialmente, porque muitos candidatos do partido começaram a se sentir prejudicados pela forma que Bráulio atuava. E a distribuição dos recursos do partido para campanhas dos correligionários, e que a ele mesmo foram generosos, entornaram o caldo, agravados, ainda, por uso de influência política do cargo (presidente estadual do partido) para beneficiar sua própria candidatura, prejudicar “concorrentes” do próprio partido na disputa por vaga na Câmara dos deputados, e além disso, beneficiar-se pessoalmente para atender seus interesses empresariais.
Nesta seara, o cenário é de insatisfação generalizada. Há motivos de revolta entre os candidatos a deputado federal que receberam R$1.000,00 (isso mesmo!), e por outro lado, candidatos ao pleito estadual, ligados a Bráulio Braz, receberam R$250.000,00. Todo esse processo de acusação pode ser resumido, como os próprios denunciantes chamam, de balcão de negócios do político. Já é dado como certo que o deputado Bráulio será expulso da legenda após as eleições.
Roberto Jefferson, ex-presidente do PTB Nacional, um dos nomes mais perseguidos pelo ativismo judicial em curso no Brasil, tem como sua candidata oficial a pastora Jane Silva, forte candidata para ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados por Minas Gerais. Considerada como uma das mais prejudicadas pelas atividades de Bráulio Braz, concorrente ao mesmo cargo do, agora, ex-presidente do partido em Minas Gerais, Jane não poupa críticas a Bráulio por estas atitudes. Jane Silva se ressente por estar sofrendo censura e perseguição em sua campanha.
Davi Zica, há anos no PTB, indicado para substituir Bráulio no comando do PTB no estado, é secretário geral do partido em Minas Gerais. O comando nacional do partido aguarda a chegada da carta de renúncia do deputado para Davi Zica tomar posse.
Alexandre Siqueira
Articulista
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Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo... da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa!