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O ministro que pedir vista no processo de Renan estará demonstrando subserviência a Temer
03/11/2016 às 05:53 Ler na área do assinante
Está marcado para esta quinta-feira (3) o julgamento do processo que poderá resultar no afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado.
É o mesmo caminho de Eduardo Cunha, os mesmos motivos, situação idêntica, bastando para tal que o ‘senadoreco’ se torne réu, situação que está prestes a acontecer, pois o ministro Edson Facchin já liberou um dos nove inquéritos contra Renan que aguardam andamento no STF.
Assim, alastrou-se fortemente o boato de que o presidente Michel Temer teria pressionado o STF para salvar Renan Calheiros.
O Planalto quer Renan livre, ao menos por enquanto, para que possa conduzir a aprovação da PEC 241.
Portanto, uma coisa parece clara, caso algum ministro peça vistas no processo e, em consequência, adie a votação, estará evidenciado o seu envolvimento com o executivo.
O Judiciário tem que ser independente e não pode, em hipótese alguma, caminhar atrelado ao executivo.
Os ministros do STF estão lá, em tese, para fazer prevalecer a Justiça.
Depois de tanto tempo, não cabe agora pedido de vistas.
da Redação