A denúncia irresponsável do site UOL contra Bolsonaro
09/09/2022 às 10:55 Ler na área do assinanteNeste texto aproprio-me de informações de Stephen Kanitz *, renomado consultor de empresas brasileiro. Escreve Kanitz, em 02/09, no seu Twitter:
“A manchete de 51 casas compradas com dinheiro vivo é FALSA, é um atentado à Democracia, ... A declaração de bens de Bolsonaro mostra um patrimônio contábil de 2,6 milhões, e é isto o que importa. Compare isso com o patrimônio de Lula de R$ 27,4 milhões, R$ 20 milhões de VGBL que, pelas regras, não precisam ser declarados. Na matéria da UOL, onde se arrola cerca de 30 pessoas, supostamente da família de Bolsonaro, o jornalista esconde esse número crítico.”
VGBL significa “Vida Gerador de Benefícios Livres”. Vida Gerador de Benefício Livre é uma das modalidades de plano previdenciário privado adotada no Brasil.
A matéria da UOL é, claramente, de uma monstruosa Fake News gestada em um órgão da Folha de S.Paulo, um jornal que de há muito está a serviço do PT de Lula. Uma falsidade jornalística cometida por um órgão de imprensa que se jacta de ser isento e acurado. Entretanto, isenção e acurácia são coisas que, quando se trata de tema político-partidário, passam ao largo das organizações lideradas pela Folha de S.Paulo.
(Entre parêntesis: A página A3 da Folha de São Paulo, encimada pelo título “TENDÊNCIAS/DEBATES” é dedicada à publicação de DOIS artigos de opinião. Praticamente não existe exceção à esta regra: são sempre dois artigos por coluna. Mas, na véspera das eleições de 2014, a Folha apresentou a única exceção de que tenho memória: um único e enorme artigo de Mangabeira Unger (Lembram dele? Já fora ministro de Lula) cujo título era: “Por que votarei em Dilma”. Claro, não houve tempo hábil para a apresentação de um artigo, mesmo que menor, fazendo o contraditório às baboseiras escritas por Mangabeira Unger. Se isto não é jornalismo de sarjeta, expliquem-me o que é.)
Voltando a Kanitz:
“São cunhados e cunhadas, maridos de ex-esposas, esposas de seus filhos, mães, esposa para insinuar que alguns desses 30 fizeram 51 transações imobiliárias usando dinheiro vivo. Eu considero um crime sério esta publicação a 30 dias antes de uma eleição. Os jornalistas, o editor da Folha, mais todos os jornalistas que reproduziram o ‘escândalo’, não gastaram um minuto, como eu, pesquisando o termo ‘moeda corrente’, que esses preguiçosos chamaram de “dinheiro vivo”. A geração nova não sabe que “moeda corrente” significa Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo ou Real, a moeda CORRENTE na época. Quando o pagamento é feito em dinheiro, cartórios usam o termo ‘dinheiro em espécie’ ou ‘pagamento em espécie’, que NÃO FOI O CASO.”
Em suma, a Folha (digo UOL) mentiu feio. São coisas como esta que o Grande Larápio, Lula, inclui no seu inescrupuloso lema, sempre maltratando a língua portuguesa:
“Prá gente ganhá eleição, a gente faz o diabo.”
Na realidade, aqui Lula está sendo impreciso: ele é, mesmo que metaforicamente, o próprio Diabo. O que este canalha fez com Marina Silva nas eleições de 2014, acho que nem o Diabo verdadeiro faria. Mas o diabo metafórico, Lula, parece ultrapassar o Diabo bíblico em maldade e falta de escrúpulos.
E então vem a pergunta que não quer calar: e o ministro, o Tomás de Torquemada do STF e gerente do “Inquérito do Fim do Mundo”, Alexandre de Moraes, fará alguma coisa? O nosso aprendiz de Daniel Ortega não demonstrará um mínimo de coerência e mandará a Polícia Federal fazer uma busca e apreensão nos escritórios da UOL ou da Folha, como fez com oito dos melhores empresários do Brasil, que empregam centenas de milhares de chefes de família?
Não determinará o bloqueio das contas bancárias dos empresários da Folha/UOL, o bloqueio de suas publicações, como bloqueou as contas dos oito empresários nas redes sociais? Não determinará a tomada de depoimentos dos diretores da Folha/UOL? Não determinará a quebra do sigilo bancário dos mesmos?
Todos sabemos que não. As ações do Torquemada do STF são, como a coluna “TENDENCIAS/DEBATES” da Folha, seletivas e facciosas.
Para concluir, uma explicação. O leitor pode estar se perguntando qual a analogia entre Alexandre de Moraes e Daniel Ortega, que fiz atrás. Simples: Daniel Ortega prendeu seus opositores para reeleger-se pela, quarta vez, presidente da triste Nicarágua. Alexandre de Moraes calou nas redes sociais, - impedindo sua comunicação com o povo, como fez Ortega - oito expressivos empresários brasileiros que combatiam a corrupção, isto é combatiam o ex-presidiário, o megacorrupto Lula, uma candidatura totalmente, tristemente, imoralmente construída dentro do STF, que deveria ser apenas uma corte constitucional.
Tristes Trópicos!
José J. de Espíndola
Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.