Extraordinária transferência de votos credencia Bernal para futuros embates

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Esta análise possivelmente irá revoltar o tucanato e a turma que participou do golpe político em Campo Grande, mas é real e ficará evidenciada futuramente com o desenrolar dos acontecimentos.

O prefeito Alcides Bernal deixará a prefeitura no final do ano, numa posição política extremamente favorável e com o sabor de vitória.

O massacre sofrido por Bernal, desde a campanha eleitoral de 2012 e durante todos os dias de sua gestão foi uma coisa avassaladora, nunca vista na história de Mato Grosso do Sul.

Um grupo de vereadores raivosos, sedentos por dinheiro ilícito, iniciou uma investida sem precedentes contra o prefeito.

Em fevereiro de 2013, um mês após a posse, os vereadores da atual legislatura da Câmara Municipal de Campo Grande, já cogitava a cassação do prefeito Alcides Bernal.

Em abril de 2013, quatro meses após a posse, só falavam em cassação. E assim foi até a concretização da barbárie, em 12 de março de 2014.

O motivo alegado não tinha qualquer sustentação jurídica.

O motivo real: as benesses ilícitas dos 16 anos de administração do PMDB foram extirpadas. Bernal tinha acabado com o ‘mensalão’, que era uma coisa institucionalizada e colocado ponto final ao ‘cabide de empregos’ que havia se tornado a prefeitura para os apaniguados dos vereadores.

Cassado, o prefeito lutou bravamente pela restituição de seu mandato.

Em 25 de agosto de 2015, 17 meses após o golpe, ele voltou.

Encontrou a prefeitura destruída. O vice, Olarte, participe do golpe, com a ajuda dos vereadores, destacando-se o sexteto Rose Modesto, Paulo Siufi, Mario Cesar, Airton Saraiva, Edil Albuquerque e Flavio Cesar, destruiu as finanças municipais. A roubalheira foi escandalosa e generalizada.

Olarte foi preso, inúmeros vereadores já foram conduzidos sob vara a presença da polícia e o secretário de finanças também foi preso. Um verdadeiro horror!

Bernal, por sua vez, deixa o cargo de cabeça erguida, tendo sido fundamental na eleição de Marquinhos Trad contra Rose Modesto, ‘irmã’ adotiva de Olarte. 

Os demais vereadores componentes do sexteto não retornam para a Câmara, com exceção de Paulo Siufi, que no entanto foi condenado pela Justiça e deverá ter confirmada a sentença que cassou os seus direitos políticos, além de ter que devolver mais de um milhão de reais que recebeu ilicitamente dos cofres públicos.

Assim, com o tempo, fatalmente todos estes fatos serão melhor assimilados pelo eleitor, fortalecendo ainda mais a situação de Bernal com vistas a futuros embates eleitorais.

Quem viver verá!

Lívia Martins

liviamartins.jornaldacidade@gmail.com

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