Depois do 7 de Setembro, Bolsonaro vai ampliar a vantagem, e olhar seus adversários pelo retrovisor

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Gleisi entendeu o projeto de poder de Ciro, e como sabe que não vai fazer parte da futura equipe do Coronel, liberou o batalhão das mortadelas para cancelar o presidenciável.

O cearense sabia que o debate era sua última grande oportunidade, já que Ciro Nogueira arrebentou com grande parte da ala pedetista no Nordeste, que hoje veladamente, apoia Bolsonaro.

Esse é um problema sério para a militância jornalística, que precisa garantir em um possível segundo turno (cada dia mais distante visto a ascensão de Bolsonaro) o apoio do PDT para uma grande frente contra Jair.

E por isso que no debate, Patrícia Campos Mello fez aquela pergunta a Luís Inácio, desviando a confusão da Vera (Foi ótimo para a direita) no sentido de pressionar Ciro a divulgar em rede nacional apoio a Lula contra Bolsonaro em um possível segundo turno.

Mas o Cangaceiro sabe que não vai ganhar o pleito. Seu objetivo central, ainda não percebido pelos cegos militantes da esquerda brasileira, é herdar a posição de Lula, e voltar como oposição em 2026.

Com a perseguição ao Coronel, o PDT pode até anunciar adesão a Lula, mas nunca terá apoio explícito do candidato a presidência, fato que pesa no agregado de votos.

O ideal agora é Bolsonaro cancelar todos os debates que Lula não comparecer, e evitar desgaste com outros oponentes fracos que pela polarização serão esquecidos. Depois do Sete de Setembro, Bolsonaro vai ampliar a vantagem, e olhar seus adversários pelo retrovisor.

Talvez por isso, minar os financiamentos do feriado tem sido o maior planejamento da oposição nos últimos meses. E também por isso, os acordos tenham melado.

Tem muito cachorro grande latindo para morcego agir, e agora que o autoritarismo chegou nos isentões, os ratos vão começar a abandonar o barco.

AOS MONTES...

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