Simone Tebet não representa empoderamento feminino e sim, atraso nas conquistas das mulheres

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O primeiro debate da Band com os presidenciáveis ocorrido neste domingo (28), trouxe como “saldo positivo” o protagonismo das mulheres. A senadora Simone Tebet (MDB) foi a voz que mais representou a militância petista e a oposição ao presidente Bolsonaro.

Líder da bancada feminina no senado, faz questão de posicionar-se como defensora das mulheres, das mulheres invisíveis, aquelas que habitam nos números, que lhes serve de referência segura, sem o risco de enfrentamento. E, daquelas que como ela, são oposição ao atual presidente da República.

Com a intenção de responsabilizar o presidente da República pelas mortes da covid, pela demora em comprar vacinas e outras acusações, foi criada a CPI da Covid.

O Brasil assistiu ao vivo e em cores, “o verdadeiro massacre moral” perpetrado pelos senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Otto Alencar (PSD-BA), às médicas dra Nise Yamaguchi e dra Mayra Pinheiro, que covardemente, foram usadas para atingir o presidente.

A senadora não só assistiu, mas, vibrou com o desempenho dos seus colegas, a ponto de lhes render “merecidas homenagens” feita de maneira emocionada.

Curiosamente, esta mesma senadora reclama de tratamento machista, “violência política” e pouca representatividade das mulheres no cenário político Brasileiro.

O que a candidata à presidência da República não percebe é que ela própria e todas as mulheres de oposição ao presidente atual não representam a MAIORIA das mulheres.

E que, quando age como bruxa, atacando o presidente, sem provas, em rede nacional, está na verdade envergonhando todas as mulheres de direita, que apoiam o presidente, os valores conservadores, e a luta pela conquista real de direitos para todos os seres humanos.

As mulheres formam o expressivo número de 52 % da população. Entretanto, ainda está sub-representada na política Nacional. 

O que vimos ontem no debate da Band, demonstra que estas mulheres que chegaram à política por apadrinhamento ou por carona nas costas do presidente atual, não representam orgulho e nem define empoderamento feminino. Na verdade, só demonstram que não basta preencher cotas, fazer número. É preciso primeiramente a união de todas as mulheres.

Ontem o presidente defendeu as mulheres que foram vítimas de cancelamento na CPI, elogiou o trabalho voluntário da primeira-dama por duas vezes, e foi ignorado pelas senadoras. Entretanto, viraram ‘onça’ quando o presidente reagiu à pergunta acusativa da jornalista Vera.

Enquanto assistia ao debate, pude constatar que a divisão entre as mulheres se fazia presente nas postagens das redes sociais. De um lado, as mulheres (e os homens) de oposição vibravam a cada ataque que a dupla Simone e Soraya dava no presidente. Do outro lado, as mulheres (e os homens) apoiadores do governo atual, se expressavam com vergonha e decepção por tão vil representação feminina.

É lamentável que mulheres como as senadoras, que se dizem defensoras das causas femininas, não passam de impostoras. Dificilmente serão eleitas.

Ainda bem. Pois, estas e outras mulheres do cenário político atual não nos representam.

Representam constrangimento, vergonha e retrocesso.

Foto de Bernadete Freire Campos

Bernadete Freire Campos

Psicóloga com Experiência de mais de 30 anos na prática de Psicologia Clinica, com especialidades em psicopedagogia, Avaliação Psicológica, Programação Neurolinguística; Hipnose Clínica; Hipnose Hospitalar ; Hipnose Estratégica; Hipnose Educativa ; Hipnose Ericksoniana; Regressão, etc. Destaque para hipnose para vestibulares e concursos.

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