A crise dos Três Poderes no Brasil: Uma reflexão sobre um futuro inevitável
06/09/2022 às 06:01 Ler na área do assinanteEm 15 de novembro de 1889, o Brasil teve proclamada a sua República.
Desde então, o nosso país vive guiado por três poderes independentes e harmônicos entre si: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Porém, todas as vezes em que essa harmonia entre os poderes entrou em crise, tivemos uma ruptura da ordem e as Forças Armadas entraram em cena para restabelecer a harmonia no Estado.
No Brasil Império, havia um poder moderador exercido pelo monarca para garantir a tal harmonia…
Hoje, todas as “diferenças” entre os poderes acabam literalmente na Justiça, ou seja, no colo do Judiciário (STF), que dá a palavra final e mantém a harmonia entre os poderes.
O esforço do Estado para manter essa ordem é colossal.
É como se fosse uma equação que nunca vai fechar.
Por isso, o que se define hoje, em 2022, como Juristocracia, é um termo acertado para se nomear o tipo de democracia implantada, ou melhor, exercida no Brasil.
Bolsonaro será reeleito Presidente da República e os problemas são tantos que a crise entre os poderes inevitavelmente irá continuar.
A solução só virá com uma nova Constituição que regulamente as relações entre os três poderes de uma forma mais clara e objetiva.
Até lá, continuaremos sempre correndo atrás do próprio rabo.
Por hora, a prioridade do povo é reeleger Bolsonaro, e evitar a volta do mal maior: Lula e o PT.
Emílio Kerber Filho
Jornalista e escritor
Autor do livro “Por trás das grades - O diário de Anne Brasil”.