Cerco se fecha na Argentina, Kirchner pode acabar na prisão e Dilma esperneia apavorada

24/08/2022 às 11:49 Ler na área do assinante

A Promotoria acusa atual a vice-presidente da Argentina de corrupção quando ocupava a presidência do país. Caso seja condenada, Kirchner também pode perder os direitos políticos.

O caso deve ser julgado ainda este ano, mas Cristina pode recorrer a tribunais superiores.

Os procuradores Diego Luciani e Sergio Mola, do Ministério Público da Argentina, pediram na 2ª feira (22.ago.2022) que a vice-presidente Cristina Kirchner cumpra 12 anos de prisão e seja impedida de exercer cargos públicos para o resto da vida. As informações são dos jornais argentinos Clarín e La Nación. 

Cristina e seu marido, Néstor Kirchner, são acusados de favorecer o empresário Lázaro Baez em obras públicas na província de Santa Cruz durante os 3 primeiros mandatos dos Kirchners (2003–2015).

Baez venceu 80% das licitações na região. Ele recebeu irregularmente 51 licitações que somam 46 bilhões de pesos (equivalente a R$ 1,75 bilhão na cotação desta 2ª feira).

Durante a 9ª e última audiência destinada às alegações de acusação, Luciani afirmou que a atuação de Cristina foi “decisiva e fundamental” para a realização dos crimes.

"Avalia-se o seu poder em relação aos demais réus, a natureza da conduta e os meios utilizados, os danos causados ​​e os motivos e o ganho pessoal pretendido”, apontou o Ministério Público argentino.

E isso é apenas o começo, paira sobre Cristina (que já foi presidente da Argentina entre 2007 e 2015) acusações muito mais pesadas como conspiração para homicídio – do promotor Alberto Nisman – e até alta-traição por ter, supostamente, negociado com o Irã para dificultar as investigações sobre o atentado de 18/07/1994 que 85 argentinos de origem judaica e feriu 300.

A ex-presidente Dilma Rousseff, visivelmente preocupada, se apressou em se solidarizar com a 'amiga' argentina.

O cerco está se fechando...

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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