Na região da Beócia (Grécia antiga), da união do deus do rio Cefiso com a ninfa Liríope, nasceu Narciso. Aquele cantado por Caetano pelas ruas de Sampa e que achava feio tudo aquilo que não era espelho.
Narciso se achava tão belo que morreu às margens de um lago contemplando sua própria beleza.
Diferente do Narciso da Mitologia, o Ministro Alexandre de Moraes, que tomou posse ontem no TSE, não "nasceu" no amor de Cefiso e Liríope, mas do divórcio da Dilma e Temer, que dispensam apresentações, além de não serem deuses.
Embora não tenha a beleza de um Narciso, Alexandre de Moraes, de igual modo alguns outros ministros do STF, possui algumas características narcisista como a vaidade, a arrogância e o orgulho.
A pomposa posse na tarde de terça-feira (16) na presidência do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, foi a prova da vaidade de uma autoridade, as custas do erário, que tenta transformar o processo eleitoral, numa festa restrita às autoridades que são coadjuvantes numa democracia.
A verdadeira autoridade, a estrela do processo eleitoral é o povo. E para o povo que a festa deve ser direcionada, com eleições transparentes e seguras. E com apuração pública e possível de auditoria.
Nos resta saber qual o castigo que a deusa Nêmesis guarda para os Narcisos de nossa democracia.
Henrique Alves da Rocha
Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.