Nobel da Economia diz que o Brasil está em posição privilegiada, mas faz importante alerta
15/08/2022 às 09:40 Ler na área do assinanteApós anos de isolamento social em virtude da contaminação pelo vírus da Covid-19, o mundo sente as fortes consequências da crise. Mas, o Brasil é um dos países "menos vulneráveis", de acordo com a análise do professor e Nobel de Economia em 2008, Paul Robin Krugman.
- O Brasil é um dos emergentes menos vulneráveis em um cenário de crise global, apesar dos problemas domésticos que ele atravessa - afirmou.
As declarações foram feitas em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo e, segundo Krugman, uma das características que o Brasil tem e que dá inveja a super potências, é que ele é praticamente autossustentável, tanto em energia como em alimentos; além do mais, exporta muitos produtos agrícolas.
Com posição privilegiada, o Brasil não sente muito os impactos de guerras como a que ocorre entre Ucrânia e Rússia e que levou a Europa a uma crise energética. Ao contrário, existe a possibilidade do país conseguir exportar commodities a preços valorizados.
As previsões do Nobel para os Estados Unidos, no entanto, não são muito boas. O país pode entrar em recessão nos próximos meses e, se isso ocorrer, leva a Europa junto porque foi muito afetada com o conflito Rússia x Ucrânia.
Embora tenha dado boas notícias ao povo brasileiro, Krugman encerrou a avaliação fazendo um alerta quanto às eleições deste ano:
- Nada dá certo, se não houver estabilidade política e garantias ao estado de direito - explicou, reforçando a necessidade de haver um governo democrático, que não se assemelhe a gestões de muitos países da América Latina.
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