Entre o sofá e a urna, a experiência que conta e que pode ser decisiva para salvar o Brasil

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Existem 14.893.281 (quase 15 milhões) de brasileiros que, tendo 70 anos ou mais, só votarão em 2022 se quiserem. Conforme a legislação em vigor, esse grupo (culturalmente plural) não tem obrigação de votar.

Mas essas cabeças brancas podem fazer muito pelo Brasil! Como e por quê?

Observemos o drama chileno. Em 2021, mais da metade dos eleitores do Chile não votou. Daí, a minoria que votou elegeu um extremista de esquerda para presidente e outros iguais para o congresso, uma caterva que, logo ao assumir, rascunhou uma nova Constituição, prevendo cercearliberdades e estrangular a economia, a dizer o mínimo.

Agora os chilenos estão apavorados, indo às ruas em manifestações, tentando reverter o estrago que só ocorreu por omissão da maioria.

Sabem o que é viver sem liberdade e com escassez de tudo (de alimentos a papel higiênico)? É o drama da Venezuela! E todo mundo tinha como saber que os extremistas do Chile levariam o seu país para o mesmo buraco da Venezuela e que Fernández e Kirchner fariam igual com a Argentina: três países condenados pela mesma ideologia e sem perspectiva.

Pois nossas cabeças brancas precisam saber que, enquanto gente adulta e com experiência fica no sofá, diante da TV, a queixar-se dos políticos, a moçada que sofreu lavagem cerebral em sala de aula e abraçou as bandeiras mais esdrúxulas vai votar sem falta nos extremistas daqui.

Depois de instalados esses regimes (de pretensões revolucionárias), pouco ou nada resta fazer a não ser esperar que sofram o desgaste do tempo até caírem. Só que, aí, apenas os nossos bisnetos é que vão ver as mudanças. E ficarão indignados ao saberem que seus antepassados (os adultos de hoje) permaneceram acomodados no sofá, diante da TV...

É bom refletir. Não vamos construir um grande futuro sem a contribuição amorosa daqueles que têm a memória do passado.

Foto de Renato Sant'Ana

Renato Sant'Ana

Advogado e psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br

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