“Toda propaganda de guerra, toda a gritaria, as mentiras e o ódio, vem invariavelmente das pessoas que não estão lutando”. (George Orwell).
Nesse 31 de julho de 2022, o jornal O Estado de S. Paulo publicou um Editorial intitulado “A armadilha do falso conservadorismo”. Nele, aconselha os conservadores e diz que no Brasil “não há um partido verdadeiramente conservador, mas há cidadãos conservadores genuínos. E estes devem ter coragem de denunciar impostores que falam em seu nome”.
Era só o que faltava: os amantes de Lula do Estadão, agora se arvoram a gurus dos conservadores brasileiros e usando a palavra da moda, se sentem “empoderados” para, através de editoriais e palestras, dizer aos conservadores como eles devem ser, como devem se comportar, como devem se organizar, de quem devem se afastar e ainda devem denunciar outros conservadores.
Vou desconstruir o Editorial e mostrar a verdadeira intenção do jornal, bem como a desinformação usada no texto para convencer os incautos.
Em itálico o Editorial “A armadilha do falso conservadorismo” e em negrito os meus comentários. O Editorial inicia assim:
“Na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, presidente americano de inquestionáveis credenciais conservadoras, a deputada Liz Cheney fez em junho passado uma apaixonada defesa de seu partido, o Republicano, e dos valores conservadores que a agremiação historicamente representa – em especial o respeito às leis e à Constituição”.
O editorialista do jornal deveria ter consultado os outros deputados do Partido Republicano para saber o que eles pensam dessa “defesa apaixonada”. Eis uma opinião, entre dezenas, contra Cheney:
- “Durante meses ficou claro que Cheney é inadequada para qualquer papel de liderança no Partido Republicano... Virar a página de seu mandato desastroso permitirá que os republicanos da Câmara concentrem suas mensagens lutando contra a agenda de Pelosi/Biden”, disse o deputado Matt Rosendale, em entrevista a Fox News.
“Sou uma republicana conservadora. Acredito profundamente no governo limitado, nos baixos impostos, na defesa nacional. Acredito na família como centro de nossa comunidade e de nossas vidas. Acredito que essas sejam as políticas certas para nossa nação”, discursou Liz Cheney, para, em seguida, referindo-se ao ex-presidente Donald Trump, fazer um grave alerta: “Neste momento, estamos enfrentando uma ameaça interna como jamais tivemos em nossa história. Essa ameaça é um ex-presidente que está tentando destruir os fundamentos de nossa República Constitucional”.
O mais respeitado conservador americano, o apresentador do programa “Tucker Carlson Tonight”, líder de audiência nos EUA, disse:
- “Liz Cheney está mentindo para você sobre 6 de janeiro. Liz Cheney não se importa com seus eleitores, ela quer ser presidente”. Cheney, deputada republicana, juntou-se aos deputados democratas para aprovar a legislação que estabeleceu a comissão de 6 de janeiro de 2021, destinada a investigar o ataque ao Capitólio dos EUA.
O 6 de janeiro, é uma espécie de CPI da Covid, armada, no Brasil, para prejudicar Bolsonaro. Do mesmo modo, a comissão de 6 de janeiro dos EUA, foi criada pelos democratas com intenção de prejudicar Trump e com o voto da queridinha do Estadão, Liz Cheney.
“Essa ameaça, enfatizou Liz Cheney, só é possível porque há republicanos que apoiam Trump mesmo diante de seu evidente ataque à democracia americana. “Nenhum partido, nenhuma nação consegue defender uma República Constitucional se aceitar um líder que decidiu deflagrar uma guerra contra o império da lei, contra o processo democrático e contra a transição pacífica de poder”, discursou a deputada republicana”.
O apresentador do “Tucker Carlson Tonight”, rebateu:
- “Liz Cheney está delirando. O comitê de 6 de janeiro usa seu poder para 'prejudicar e humilhar' pessoas com as quais discordam politicamente..."
Laura Ingraham, da Fox News disse:
- “Liz Cheney está 'manchando' todos os eleitores de Trump... Ela é uma mentirosa impenitente. Ela não está apenas difamando Trump, a propósito. Ela está difamando todo o país que votou em Trump. E ela mente repetidamente sobre o que é o Movimento América First”.
“Em resumo, nessas poucas palavras, Liz Cheney, que integra a comissão parlamentar que está desnudando a tentativa de golpe de Trump depois das eleições em 2020, fez um apaixonado chamamento a seus correligionários conservadores para que caiam em si e deixem de sustentar o discurso anticonservador e reacionário do ex-presidente”.
- "Liz Cheney apunhalou pelas costas o ex-presidente votando por seu impeachment, disse recentemente o senador estadual Anthony Bouchard, de Wyoming.
- Outro congressista, Matt Gaetz, da Flórida, afirmou em um comício em Wyoming na quinta-feira que os eleitores naquele estado poderiam escolher alguém que realmente os representasse e mandar Cheney "para casa".
- Trump classificou Cheney e seu pai, o ex-vice-presidente Dick Cheney, como "belicistas" que empurraram os EUA para banhos de sangue internacionais.... "Ela é o rosto do pântano de Washington é a mesma política externa fracassada dos Clintons, Bushes, Obamas, Bidens e todo o sistema político doente", disse Trump.
Os Republicanos votaram e removeram Cheney da liderança do partido.
Agora o céu desabou sobre Cheney, pois em 16 de agosto de 2022, está marcada a eleição primária de Wyoming, estado de Cheney. Trump apontou como candidata contra Cheney a desafiante republicana Harriet Hageman. Na pesquisa, realizada de 7 a 11 de julho mais da metade, 52%, dos prováveis eleitores primários em Wyoming disseram que apoiariam Hageman, enquanto apenas 30% expressaram apoio a Cheney.
O castigo veio a cavalo. E Cheney vai chorar na cama junto com os “esquerdinhas do Estadão”, que é lugar quentinho e de gente chorona e mentirosa. A queridinha do Estadão foi apeada da liderança, expurgada do partido Republicano e perderá o cargo de Deputada, pois há apenas uma vaga para representar o estado de Wyoming na Câmara.
“É um chamamento que se deve fazer aqui no Brasil também”.
Claro, todos os conservadores brasileiros, unidos, farão a mesma coisa que os Republicanos fizeram com Cheney: mandarão as esquerdas mentir em suas casas para os seus.
“O presidente Jair Bolsonaro, que faz praça de sua truculência antidemocrática e de seu amor à ditadura militar, chegou ao poder dizendo-se 'conservador', e não poucos genuínos conservadores aceitaram essa impostura em nome da necessidade de impedir que o PT, com seus gritos de guerra contra a propriedade, o capital e o livre mercado, retomasse a Presidência”.
Se houvesse “truculência antidemocrática e amor à ditadura militar”, o Estadão e seus colunistas de esquerda jamais teriam coragem de escrever um Editorial mentiroso como esse. Seriam presos. Como vivemos há 3 anos e meio em regime de liberdade os ratos posam de leões.
“Todavia, se houve quem comprasse de boa-fé a falácia de Bolsonaro em 2018, agora, ao final de seu mandato, já não há mais qualquer dúvida de que o presidente não é liberal nem, muito menos, conservador. Bolsonaro é apenas um oportunista reacionário com evidente inclinação para o autoritarismo”.
Reacionário e oportunista é esse Editorial, que está sendo desmascarado. Já mentiu sobre Cheney e agora mente sobre Bolsonaro.
“A fim de evitar que os verdadeiros conservadores caiam novamente na armadilha que o agora incumbente tenta rearmar, é preciso relembrar quais são, de fato, as ideias e os valores que o conservadorismo encerra e por que alguém como Jair Bolsonaro é a sua perfeita negação”.
A perfeita negação dos valores é esse jornal e seus jornalistas, pois tentam, desesperadamente o golpe do malandro que sabe tudo para enganar os tolos: latão em suas palavras é ouro; celulares falsificados são verdadeiros; pangarés são cavalos de raça. Antes o jornal chamava os que se opunham aos ladrões do erário público de “gado”, agora são “brasileiros conservadores que tem ideias e valores”. O sujeito que escreveu esse editorial pensa que somos idiotas.
“Ser conservador é rejeitar as transformações radicais do Estado e da sociedade, preservando as tradições construídas pela sociedade ao longo do tempo e repelindo as rupturas. Em outras palavras: ser conservador é curvar-se ao império das leis e ao Estado Democrático de Direito, é defender a estabilidade e a independência de instituições democráticas, é rejeitar governantes que incentivam a cizânia e a violência. Ora, isso é tudo o que Jair Bolsonaro, definitivamente, não representa. A desordem que ele instila vai na direção contrária do conservadorismo. Bolsonaro personifica o caos”.
Ótimo! Desde que as leis sejam justas, os juízes não criem leis, as instituições democráticas não sejam aparelhadas e os representantes do povo não assaltem a nação. E se for dessa forma descrita, o conservador deve revoltar-se contra elas para que entre nos eixos. É o que faz Bolsonaro. Tenta pôr ordem no caos, enquanto os jornais, em Editoriais mentirosos como esse, querem a permanência da desordem, pois isso facilita o aparecimento do “Salvador social”, do “Pai dos pobres” e a conservação da corrupção, chamada pelos jornais de “Império das leis e Estado Democrático de Direito”. Querem a perpetuação da miséria para se esponjar no dinheiro do estado. Isso já acabou.
“Por isso, é preciso que os conservadores brasileiros rejeitem o bolsonarismo como representante de seus valores. É preciso resgatar o verdadeiro conservadorismo, desvinculando-o urgentemente de Bolsonaro, líder desse simulacro mambembe de conservadorismo que, como toda farsa, faz o oposto do que apregoa – em vez de respeito pelas instituições democráticas, golpismo; em vez de reverência às leis e à Constituição, valorização de delinquentes; em vez de ordem, confusão”.
Ah! Ah! Ah! nossa gargalhada de desprezo para vocês. Nós rejeitamos seus valores socialistas. Rejeitamos seus conselhos de serpente. Bolsonaro é o maior líder conservador do país. Ele respeita a Constituição que o STF desrespeita e vocês apoiam; nunca descumpriu nenhuma lei e segue a Constituição, enquanto os adversários de Bolsonaro, esses, sim, valorizam delinquentes. Bolsonaro tenta restabelecer a ordem e dar algum rumo ao país chamado Brasil, que recebeu de Lula, Dilma e Temer, depois de 16 anos de desgovernos. Entregaram a ele um país saqueado, roubado, vilipendiado, com todas as estatais dando prejuízo, uma pandemia que durou dois anos e com 13 milhões de desempregados. Essa é a verdade!
E finaliza o Editorial
“Nos Estados Unidos, a deputada Liz Cheney teve coragem de liderar a luta para resgatar o Partido Republicano das garras de Trump. Aqui não temos um partido conservador nos moldes do Republicano, mas certamente há um conservadorismo a ser defendido da razia bolsonarista. Se os conservadores de verdade não querem ser confundidos com Bolsonaro e seu conservadorismo de fancaria, é hora de se manifestarem”.
Eu finalizo:
Nos Estados Unidos a deputada Liz Cheney já começou a receber o castigo que merece (fato escondido pelo Editorial ordinário) porque traiu os ideais republicanos: foi arrancada pelos deputados Republicanos da liderança, não mais fala em nome dos conservadores, não vai mais se reeleger e nunca mais se reelegerá. É o castigo dos traidores. Aqui faremos o mesmo com os enganadores do povo brasileiro.
O Editorial do Estadão tenta destruir o adolescente conservadorismo brasileiro e afirma que não existem partidos conservadores; que os verdadeiros conservadores deveriam afastar-se. Manipula os fatos, sem citá-los, apenas sua ótica torta deve servir de farol aos conservadores.
Essa lógica enviesada e vagabunda tem um objetivo: levar os conservadores a uma arapuca. Ficarão sem partido, sem representatividade, sem liderança, sem organização. Assim todos serão destruídos. Desarmados, dispersos, sem rumo, os comunas/socialistas organizados lançariam novamente a mão sobre o Brasil.
É isso que o jornal quer. É isso que o jornal deseja. Não “um verdadeiro conservadorismo”, mas a morte do conservadorismo em seu nascedouro.
Cheney traiu Trump, assim como Moro traiu Bolsonaro.
O povo punirá Cheney. O povo punirá Moro.
E o povo reelegerá Bolsonaro no primeiro turno, pois ele representa os conservadores brasileiros com muito orgulho!
Links da pesquisa:
(https://www.foxnews.com/politics/trump-slams-liz-cheney-warmonger-endless-nonsensical-bloody-wars).
(https://www.foxnews.com/politics/house-republicans-oust-liz-cheney).
(https://www.foxnews.com/media/laura-ingraham-liz-cheney-leading-attack-presidency).
(https://www.foxnews.com/opinion/tucker-carlson-liz-cheney-january-6).
Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)