Terá Cunha vocação para suportar o xadrez calado?

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A resposta para tal questionamento é sintomática.

O advogado contratado por Eduardo Cunha, Marlus Arns de Oliveira, ex-presidente da OAB no Paraná, especialista em delação premiada, está propondo habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O improvável sucesso dessa medida parece ser a única possibilidade de Cunha não delatar.

A desenvoltura com que o ex-deputado conduziu o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff é um indicativo de que é um homem de ação e certamente irá agir.

Permanecer calado põe em risco a liberdade da esposa e da filha, sem dúvida, o maior temor de Cunha.

Uma eventual delação despencará sobre o PMDB, atual partido da situação, desnudando completamente a enfadonha alegação petista de que a Operação Lava Jato é seletiva, que visa tão somente pegar petistas, mentira exaustivamente apregoada pelo PT.

Uma coisa é certa. Eduardo Cunha tem bala na agulha, tem muito a dizer e tem provas.

Cunha, maquiavélico, não tenham dúvidas, se preparou para este momento, diferentemente de todos os demais delatores.

E, finalmente, respondendo ao questionamento do título da matéria, não tem a mínima vocação para suportar o xadrez calado.

É só aguardar.

Gonçalo Mendes Neto

redacao@jornaldacidadeonline.com.br

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