O perigo que corremos e a grande lição que vem da Argentina
22/07/2022 às 09:33 Ler na área do assinante“... quem deixou a Argentina na atual situação foi um governo de direita.” (De um colega da UFSC, em correspondência a mim)
Não, colega, quem deixou a Argentina no estado de miséria atual foi a esquerda sindicalista.
A Argentina já foi um dos países com o maior PIB per capita do mundo.
Foi Juan Domingues Perón, um general da esquerda populista, que começou a mudar este quadro.
De lá para cá, o peronismo, sempre representado por um sindicalismo de esquerda e altamente virulento, é quem tem determinado, através de presidentes PERONISTAS, a queda contínua e persistente do PIB argentino.
Quando um presidente não peronista é eleito, como Maurício Macris, as Centrais não o deixam governar. O sindicalismo peronista é um câncer muito ativo naquele País.
Néstor Kirchner, um ranço peronista, presidiu a Argentina por oito anos. Sua mulher, Cristina Kirchner, por mais oito anos (vai somando...). Seus governos foram marcados por erros crassos na economia e corrupção exacerbada. No momento, Cristina é a presidente de fato, a eminência parda que nomeia os ministros do fantoche Alberto Fernandes.
Creia-me, o peronismo é o câncer que levou a Argentina ao estado terminal que observamos agora: inflação de 65% e crescendo diariamente, preços congelados (o que significa, falta de tudo), hospitais entregues às moscas por falta de insumos, reservas em dólares zeradas, dívida pública de US$ 366 bilhões (82,2% do PIB), supermercados vazios, etc....
Sinto-me muito triste pelas agruras que o querido (sim, eu disse querido; nossas diferenças são restritas ao futebol) povo argentino. A situação da Argentina não interessa a ninguém, não só aos argentinos.
Temos lição a aprender? Claro que temos. A “visão” de governo de Lula é a mesma dos Kirchners. Já vimos isto na era Lula, que destruiu todos os parâmetros macroeconômicos da economia, nos legando uma brutal recessão econômica e a desclassificação internacional das agências de “rating”.
Lula, como todo peronista, se apoia pesadamente no sindicalismo. A CUT, sua Central preferencial, sonha com o retorno de Lula ao poder e com o desmonte da Reforma Trabalhista, o que, aliás, já foi prometido pelo Grande Larápio.
E nós aqui, na UFSC, estamos fazendo o jogo peronista - digo lulopetista – e colocando nosso sindicato no colo da CUT: o Grande Ladrão, Lula, agradece.
Possível solução: fugir de Lula e seu bando de corruptos o mais que pudermos, como o diabo foge da cruz. Esta é a grande lição que a Argentina nos dá.
José J. de Espíndola
Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.