*“Spin Doctors” ou Um Cadáver para chamar de seu...
19/07/2022 às 19:46 Ler na área do assinante*(Do inglês: “especialistas em controlar a apresentação dos fatos, torcendo-os, a fim de favorecer determinada interpretação ou opinião”).
Um crime de morte aconteceu no Brasil. Mais de cem crimes de morte do mesmo tipo aconteceram no Brasil neste mesmo dia. Então “A Formidável Máquina de Moer Reputações” do “Consórcio de Imprensa” foi ligada.
Os “Spin Doctors”, ou “especialistas” “em controlar a apresentação dos fatos, eventualmente torcendo-os, a fim de favorecer determinada interpretação ou opinião”, foram chamados em caráter de urgência.
Reunidos, quebraram a cabeça e bolaram planos para transformar “um crime de morte” em “crime político”. E passaram a manusear, parir informações falsas, produzir mensagens subliminares, com o propósito de difundir uma verdade que melhor se adaptasse aos interesses dos que tentam tomar o poder de volta.
A primeira providência, como mostrei aqui, no texto “A narrativa do “consórcio de imprensa...”), foi procurar outros “doctors” ou figuras eminentes da República para dar declarações, de tal modo que essas opiniões influenciariam a construção de uma nova imagem do ex-condenado Lula e seu partido político (PT) como figuras amáveis, solidárias e não os ladrões cínicos que o país inteiro conhece e que juntos assaltaram o Brasil e ao mesmo tempo essas opiniões deveriam desconstruir, sujar, emporcalhar a imagem e a reputação do Presidente e mostrá-lo como um homem violento, bem como seus seguidores.
Saltitantes como “As Alegres Comadres de Windsor”, peça teatral do autor inglês William Shakespeare, todos atenderam prontamente ao chamado e sem analisar, sem medir palavras, sem qualquer responsabilidade que os cargos que ocupam exigem, emitiram opiniões:
- Alexandre de Moraes:
“A intolerância, a violência e o ódio são inimigos da Democracia e do desenvolvimento do Brasil...”
- Lula:
“...Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável...”
- Ciro Gomes:
“.... O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas...”
- Simone Tebet:
“.... Que o caso de Foz do Iguaçu faça soar o alerta definitivo. Não podemos admitir demonstrações de intolerância, ódio e violência política”.
- Vera Lúcia:
“.... É inadmissível o assassinato de Marcelo Arruda, militante do PT, cometido por um bolsonarista por motivações políticas... #ForaBolsonaro".
- Léo Péricles:
” ...É urgente impedir o avanço do fascismo! Bolsonaro e sua corja vão pagar pelo que estão fazendo do Brasil. Ocupemos as ruas!"
- Sofia Manzano:
“... Episódios como esses podem se tornar frequentes se não houver rápida contenção da violência política incentivada por Bolsonaro e sua quadrilha”.
- Rodrigo Pacheco:
“... A convivência com o contraditório deve ser mais do que respeitada”.
- Gleisi Hoffmann:
"... Basta de violência! Basta de destruição!..."
- Baleia Rossi:
".... Inaceitável e triste o que ocorreu em Foz do Iguaçu (PR).
- Bruno Araújo:
."...A sociedade e as famílias brasileiras não podem aceitar a intolerância política e a radicalização."
- Carlos Lupi:
“... Duas mortes trágicas incentivadas por Bolsonaro, aprendiz de ditador...”
- Juliano Medeiros:
".... Infelizmente, aconteceu. O bolsonarismo fez sua primeira vítima na campanha eleitoral deste ano”.
- Rodrigo Garcia:
"...Lamentável o que aconteceu em Foz do Iguaçu...”
- Humberto Costa:
“É estarrecedor o nível de ódio e violência política que estamos atravessando...”
- Randolfe Rodrigues:
“... Não existe dois lados quando um deles é a barbárie!...”
- Sâmia Bomfim:
“...A violência política incentivada por Bolsonaro deixa um rastro de sangue pelo Brasil...”
- Jandira Feghali:
“... O ódio dessa gente, o fascismo, não suporta quem pensa diferente...”
- Renan Calheiros:
“.... O assassinato de um líder sindical e dirigente partidário por um bolsonarista, mais que covardia, é tempestade gerada na usina de ódio e intolerância que Bolsonaro instila todo dia no coração dos brasileiros. Esse facínora precisa ser derrotado no primeiro turno”.
- Sergio Moro:
“.... Precisamos repudiar toda e qualquer violência com motivação política ou eleitoral. O Brasil não precisa disso.”
- Alessandro Vieira:
“...A tragédia em Foz do Iguaçu é infelizmente uma consequência previsível do clima de violência política armada que é estimulado diariamente por Bolsonaro e seus parceiros, com a tolerância do Congresso e dos órgãos de controle. Eleição não é guerra, somos todos brasileiros!”
- Alexandre Silveira:
"... Alguém por intolerância e violência política tirou a vida de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu”.
Falas levianas, sem qualquer base factual, pois todos estavam distantes da pequena Foz do Iguaçu, ouvindo apenas ecos, covardemente, sopesaram, julgaram e condenaram, sem esperar a conclusão da polícia sobre o crime.
E aí veio o arremate do inquérito policial, publicado pela revista Veja e por todos os jornais do país:
“Polícia diz que morte de petista no PR não foi crime de ódio ou político”.
Desmascarados passaram da falação ao silencio. Friccionaram óleo de peroba nas fuças e silenciaram. Silêncio, com exceção dos petistas e do “consórcio de imprensa”, que juntos tentam, por todos os modos e meios afirmar que o que afirmaram era tudo “verdade”. O país inteiro torce o nariz pelo mau cheiro que exala da boca dos comentaristas do “consórcio” e das páginas dos jornais.
Violência, ódio, cada vez mais violência é o que se comete contra Jair Bolsonaro desde 2019.
Na campanha foi esfaqueado.
Eleito, vive uma perseguição sistemática e o país assiste, boquiaberto, os grandes grupos de comunicação, assessorados pelos “Spins Doctors”, dedicando-se a influenciar, controlar, distorcer e, enfim, dominar a consciência da sociedade e atirá-la contra o governo: mentiras, falsificações, inversão dos fatos, pressão sobre autoridades e instituições, teorias da conspiração, golpe...
Nessa gramática da manipulação nomes, tais como “coiso”, “assassino”, “genocida”, “golpista” são ditos e repetidos 24 horas por dia.
Vídeos jogando bola com a cabeça decepada do Presidente.
Vídeos com imagens do Presidente sendo assassinado.
De todos os jeitos já praticaram violência contra o Presidente e nunca, nenhuma destas autoridades citadas, abriu a boca para dizer absolutamente nada.
E de repente um cadáver para chamar de seu, a oportunidade de ouro que esperavam.
Juntos arrancaram as máscaras, desnudaram-se perante a nação, acreditando que o golpe final fora dado.
E juntos se despiram num “strip-tease” macabro feito de declarações estapafúrdias e mostraram-se, nus, através de suas afirmações, em toda sua ofuscante sordidez.
Depois do espetáculo de declarações aviltantes das “autoridades”, os brasileiros se tornaram mais resolutos e com absoluta certeza identificam de que lado está a maldade e sobre quem será depositado o seu voto e sua confiança nestas eleições.
Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)