Querem acabar com a graça! Os "absurdos" do politicamente correto

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O mundo está cada vez mais carrancudo e intrigante. Os nichos sociais literalmente estão divididos por interesses pessoais insuflados por globalistas e pasmem, com apoio da ONU e algumas ONGs.

Alguns “espertinhos” aproveitam a tecnologia e o apoio de parte da mídia interessada no controle social para abocanhar poder excessivo para controlar os oponentes.

Depois das inúmeras tentativas do cancelamento dos conservadores héteros e cristãos por meio da censura dos hábitos e costumes ocidentais, agora a bola da vez são os humoristas. A classe que leva o riso e a alegria passou a ficar na mira da estranha turma do “politicamente correto”.

A escolha dos espetáculos cabe à plateia. No entanto, derrapadas simples ou complexas de alguns humoristas abastecem o ódio da militância sedenta por crucificar os artistas mais ácidos. Justamente quem não tem qualquer histórico de bom humor passou a reclamar de qualquer falha no repertório do pretenso alvo, tomando-a como pretexto para censura e perseguição.

Como ninguém vive só de bons momentos, em casos como esse é melhor apelar ao bom senso.

Cabe ao brasileiro retomar as rédeas de sua liberdade de escolha. Não pode permitir que terceiros ousem decidir tudo, a todo o momento. Se não gostar de um espetáculo, é recomendável não frequentá-lo. A constante intromissão daqueles que se acham “progressistas” não é bem-vinda, sob pena de vermos em breve o fim da liberdade de expressão, do direito à propriedade, até chegar ao seio familiar ao ponto de algum iluminado determinar como todos devem se comportar.

Essa expansão invasiva é evidente e chega a um grau que exige atenção. Se o divisionismo vencer, a tendência é de proibirem as piadas de obesos, calvos, cabeludos, palhaços, diaristas, pedreiros, portugueses, gaúchos, baianos, afros, micos-leões-dourados, piranhas, lambari de sanga, ararinhas-azuis, capivaras...

Os fiscais do politicamente correto são tão chatos que nos tempos atuais inviabilizariam Os Trapalhões, Chico Anísio, Tom Cavalcante, Casseta & Planeta, Costinha, Jô Soares e outros tantos consagrados. O mau humor é punido na bilheteria, não por perseguições coordenadas por campanhas duvidosas na internet.

A plateia é que decide o que consumir. A “vanguarda” da censura cedo ou tarde também vai provar do próprio remédio. E nossa missão é simplesmente impedir o fim da graça e a prática do justiçamento. A final, nenhuma casta é melhor que a outra e o mundo está carente de alegria.

Sérgio Antonello. Jornalista

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