Velha mídia começa a dar o braço a torcer e já evidencia os "absurdos" das pesquisas...
06/07/2022 às 12:15 Ler na área do assinante“O fraco desempenho dos candidatos de Lula na Bahia e em Minas Gerais mostra que a caminhada até o Planalto não será tão fácil.”
Essas palavras são do principal colunista da revista Veja, Robson Bonin, da coluna Radar.
Sabe se lá por que, o clima de já ganhou se instalou na pré-campanha de Lula ao Planalto. Aliados mais afoitos já até escolhiam entre si os ministérios que poderiam ou não ocupar no futuro governo petista. Como se fosse possível vencer eleições sem nenhum contato popular.
Mas, a bigorna da realidade atingiu os petistas em cheio no último sábado, dia 02/07. No maior feriado da Bahia, pela primeira vez tivemos um confronto de popularidade entre Bolsonaro e Lula, num estado governado por petistas há 12 anos, mas isso não foi o suficiente. Enquanto Bolsonaro reuniu dezenas de milhares de pessoas para uma motociata, Lula falou para uns poucos gatos pingados na frente do estádio da Fonte Nova. Para aumentar o vexame a campanha do petista tentou aumentar o número de presentes na base do Photoshop. Piorou.
O que anima os petistas são as pesquisas, porém essas mesmas pesquisas não encontram eco na realidade. Podem reparar o povo não dá sossego para nenhum adversário declarado do presidente: pode ser uma emissora de TV, um ministro dos tribunais superiores ou os próprios presidenciáveis – saiu na rua é hostilizado. Inclusive no exterior.
Em Minas Gerais, estado que costuma decidir eleições, o governador Romeu Zema, nome bolsonarista no pleito, apareceu na pesquisa Real Time Big Data com 43% das intenções de voto. O candidato de Lula no estado é Alexandre Kalil, que tem 29% das intenções de voto, mesmo depois de ter feito eventos públicos com o petista e alardeado a aliança há semanas.
Na Bahia, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto tem 58% das intenções de voto, segundo o levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta terça.
O candidato de Lula no estado é um petista, Jerônimo Rodrigues, apoiado pelo governador Rui Costa, por Jaques Wagner e pelo MDB de Geddel Vieira Lima.
Quanto tem o candidato lulista no estado? 15,8%.
O alerta das pesquisas ao petismo é de que o mar não anda tão tranquilo assim quanto seus apoiadores apaixonados pensam nos estados.
A Bahia é o quarto colégio eleitoral mais importante do país, comandado pelo petismo há anos, e está abandonando o petismo, segundo as pesquisas.
Minas decidiu a eleição de 2014 a favor de Dilma Rousseff e parece não querer o nome apoiado por Lula. Se os candidatos vão mal nesses lugares, algo não vai bem na campanha petista.
Pelo visto, é bom já ir se acostumando...
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.