
Juíza que encarcerou menor violentada, é afastada, mas com salário garantido
12/10/2016 às 13:26 Ler na área do assinante
É, sem dúvida, o país da piada pronta. A douta magistrada paraense colocou uma menor na cela durante 26 dias, na companhia de 30 homens.
Obviamente, a garota foi estuprada e violentada.
O caso aconteceu em 2007, há quase 10 anos.
Só agora o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se manifestou sobre a atitude da juíza.
A decisão é uma vergonha.
A juíza Clarice Maria de Andrade ficará afastada das funções por dois anos, mas continuará recebendo religiosamente o seu polpudo salário. Depois, voltará a trabalhar normalmente, como se nada tivesse acontecido.
Na ocasião, a adolescente tinha 15 anos, menos de 40 quilos e um metro e meio de altura.
Foi estuprada incontáveis vezes, teve cigarros apagados em seu corpo e as plantas dos pés queimadas enquanto procurava dormir.
Acusação: tentar furtar um telefone celular. Depois de 10 dias de cativeiro, a garota foi levada à sala da juíza Clarice de Andrade. Informada de que a prisioneira tinha 15 anos, a magistrada ainda resolveu devolvê-la à cela. E ali ficaria muito mais tempo se um dos detidos não saísse da cadeia disposto a relatar o que ocorria ao Conselho Tutelar.
Confirmada a veracidade da denúncia, uma funcionária da entidade procurou o promotor Lauro Freitas, que foi à delegacia no dia seguinte. Quando Freitas a encontrou, os carcereiros providenciaram documentos falsos para transformar a adolescente numa mulher de 20 anos, e obrigaram os pais da vítima a assinar uma certidão de nascimento fraudada. A farsa foi implodida quando a história ultrapassou as divisas do Pará e pousou nos jornais e revistas de todo o país.
Um absurdo!
da Redação
Fonte: Veja