A celebração do assassinato de um bebê: Por que a vida se tornou algo irrelevante?
25/06/2022 às 10:39 Ler na área do assinanteFui malhar. Era um dia calmo e cheio de muitas atrações, nas ruas de minha cidade haviam fogueiras acesas, cheiro de comidas típicas de São João, música.
Na academia parei para escutar um pouco as notícias e acompanhar o caso da menina de 11 anos que seria encaminhada para a realização de um aborto.
Uma garota ouviu o vídeo onde uma deputada federal pró-vida defendia que o bebê não fosse assassinado.
O bebê deveria ser encaminhado para adoção, retirado , obviamente, do ventre materno antes de completar 9 meses de gestação. Até então contava com 7 meses.
A garota afirmou:
“Graças a Deus, ela vai fazer o aborto”.
Tentei argumentar, explicar as razões que a deputada apresentava para ser contra o ato, contra o culto moderno à Moloch.
Não adiantou. Ela encerrou a discussão com a seguinte frase:
“A criança vai sofrer no sistema, o aborto (a morte, o assassinato) é a única opção, pois irá libertar mãe e o bebê do sofrimento”.
Onde há vida, há possibilidade. Podemos crescer, vencer e conquistar.
Onde há morte existe o fim de qualquer chance de mudança.
Para o feminismo, socialismo, celebrar a morte de uma criança é ato digno, é direito reprodutivo da mulher, é dar poder para a mulher.
Muitas Cantoras, artistas e militantes celebram os abortos que fizeram, ademais conectam sucesso e vitórias que tiveram ao ato de matar outra vida. Não diferente do ato de sacrifício à Moloch; matar vidas inocentes para que prosperidade e sucesso sejam alcançados.
Um povo que celebra a morte é um povo que perdeu sua humanidade. Escolheu a loucura e a bestialidade como virtudes a serem ensinadas e acolhidas.
Quem defendeu a vida? Quem lutou pelo inocente? Quem seguirá lutando pela mãe cujo filho, ela ainda não entende, foi assassinado? Ela precisará de cuidados e acompanhamentos, com certeza.
Uma direita canalha e ambiciosa, cheia de sofisticação e cautela, se posicionou a favor do assassinato do bebê.
Outros oportunistas, que amam falar de conservadorismo, decidiram se calar sobre o assunto. Afirmaram que tratar deste tema iria prejudicar a luta conservadora.
Um conservador, um cristão, uma pessoa honrada, nunca irá se calar diante da cultura de morte, diante do holocausto, do genocídio de vidas inocentes.
O grito dos inocentes. A luta de uma criança inocente para viver. A vida é o direito que garante a existência de todos os outros.
Espero e luto por um mundo onde estupradores recebam penas duras, luto por um mundo onde a vida seja tratada como algo sagrado.
Aborto é, foi e sempre será assassinato. Sempre será algo a ser lamentado e não celebrado, claro, para quem desistiu de sua humanidade, a morte, a violência e a loucura se tornaram as qualidades mais importantes.
Carlos Alberto Chaves Pessoa Júnior
Professor. É formado em Letras pela UFPE.