“Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem”. (Bertolt Brecht).
Neste 15/06/2022, o Globo lançou um Editorial intitulado:
“Ativismo Judicial representa risco preocupante”
Parece que o líder do “Consórcio de Imprensa" percebeu o grande buraco em que o país vai se meter com o ativismo judicial incentivado pelo grupo.
Mesmo que saia Jair Bolsonaro, o país ficará subjugado aos poderes dos “supremos” que não receberam um voto, que não receberam autorização para administrar o país, mas que decidiram se apossar da nação brasileira e de suas leis. Inicia o editorial dizendo:
“Afirmar que o governo Jair Bolsonaro representa riscos à democracia se tornou lugar-comum. A campanha contra as urnas eletrônicas e o Judiciário, a apologia da ditadura, os elogios a torturadores transformaram Bolsonaro na nêmesis de democratas mundo afora. Outro risco para nossa democracia, porém, tem passado despercebido. É mais insidioso e permanecerá entre nós mesmo que ele perca a eleição e transfira o poder ao sucessor. Trata-se da politização do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte, que deveria manter-se equidistante e alheia às paixões, parece a cada dia mais contaminada pelo noticiário, como se devesse prestar contas à opinião pública, não à lei ou à Constituição”.
Mente o editorialista no início do texto, pois Jair Bolsonaro nunca representou risco a democracia.
Quantas vezes atentou contra a democracia? Nenhuma!
Os jornalistas do Grupo Globo chamam, todos os dias, o Presidente de genocida, assassino, homofóbico...
Quantos foram presos? Nenhum!
Quem prega a liberdade incansavelmente? Jair Bolsonaro é a resposta.
Afirmam que o Presidente vai dar um golpe... É um golpe nele mesmo? É isso? Ele já é presidente, mas vai aplicar um golpe em sí mesmo? Por onde passa carrega multidões... Vai aplicar um golpe na população e no próprio governo?
O país respira liberdade com Jair Bolsonaro, mas..., mas...
Por que jornalistas estão presos? Deputados cassados? Multidões processadas porque foram às ruas no 7 de setembro protestar e foram chamados de golpistas pelo grupo Globo?
Por que o inquérito das Fake News, chamado por um ex-ministro de “inquérito do fim do mundo”?
Por que qualquer um é ameaçado de prisão se criticar urnas eletrônicas, como se elas fossem deuses e não pedaços de latas manipulados por mãos humanas, que vomitam números quando seus teclados são apertados.
É risível alguém dizer que esses pedaços de lata pintados e a eles acoplados teclados plásticos, que digitam números representam um avanço na área de informática, votação ou de democracia. Cômico!
Mas a maldade sempre se volta contra aqueles que a praticam.
Na segunda parte do parágrafo, o articulista fala de “Outro risco para nossa democracia, porém, tem passado despercebido”. Não! Nada disso. Todos os brasileiros conscientes já perceberam o que o grupo Globo começa a entender agora: a corte está contaminada há muito tempo e age como um partido político. E continua:
“O ministro Luís Roberto Barroso deu até prazo para o governo tomar providências nas buscas do indigenista e do jornalista desaparecidos na Amazônia, como se isso tivesse algum poder de acelerá-las — ou algum cabimento. O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se esforça para desvencilhar-se da desavença insólita que ele próprio alimentou com os militares em torno das urnas eletrônicas. E o ministro Gilmar Mendes teve nesta semana de reafirmar o óbvio, dizendo que o Supremo não é ‘partido de oposição ao governo’. Não é mesmo, nem jamais deveria ser”.
Isto mesmo, Globo, não deveria ser, mas é! É uma oposição feroz, desigual porque os supremos estão acobertados pelos senadores e pelo Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o encarregado dos pesos e contrapesos. O nomeado para punir e não pune. Fecha os olhos como uma donzela recatada.
Será o maior culpado por qualquer desmando que houver na nação brasileira.
E continua:
“A impressão que tem transmitido, contudo, é a oposta. Não é de hoje que o STF invade competências de outros Poderes. “Tenho a impressão de que, qualitativamente, o STF brasileiro, ao lado dos tribunais constitucionais colombiano e sul-africano, está entre os mais ativistas do mundo”, diz o jurista Gustavo Binenbojm. Mesmo que, na maioria dos casos, o Supremo mantenha seu papel de tribunal constitucional e última instância do Judiciário, nos poucos em que se arroga missão que o extrapola, dá argumento aos bolsonaristas e aos que promovem campanhas infames e despiciendas contra a Corte”.
Despicienda significa desprezível. Não articulista de o Globo, “Os Supremos” não dão argumentos só a bolsonaristas. Não. Os argumentos contra “Os Supremos” são de todos os brasileiros honestos e que pagam impostos e que não elegeram nem Fachin, nem Alexandre de Moraes, nem Gilmar, nem Lewandosvki para governar a nação. Não. Os argumentos contra esses “golpistas fantasiados de juízes” vêm, agora, do grupo Globo.
Nem o “Consórcio de Imprensa” aguenta mais tanta “invasão de competência”.
Sem perceber ou percebendo a loucura, fizeram esse editorial.
E o articulista de o Globo continua:
“Nas palavras de um constitucionalista: “Conflito entre Poderes sempre vai existir, mas é difícil achar racionalidade em certas decisões”. Para citar exemplos, nem é preciso recorrer a casos rumorosos, em que o tribunal assumiu papel nitidamente político, como os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, a prisão do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) ou os esforços por disciplinar as redes sociais. As decisões contaminadas pelo ativismo podem ser as mais corretas e proteger direitos essenciais, mas isso não impede que abram precedentes perigosos”.
É isso mesmo! “Precedentes perigosos”, eles já estão abertos e atuando de forma totalmente irracional. Estão sendo aplicados, os “precedentes perigosos”, com o aplauso da maioria dos jornalistas de o Globo, da Folha, do Estadão e de todo “Consórcio de Imprensa”. Todos os dias!
Espero que o editorialista não seja demitido. E continua:
“Quando o Supremo tornou a homofobia e a transfobia crimes, formulou, sem aval do Legislativo, um tipo penal por analogia — um absurdo, pois o Direito Penal é literal. Quando equiparou os crimes de racismo e injúria racial, alterou definições de leis aprovadas no Congresso. Quando determinou condições para operações policiais nas favelas cariocas, invadiu competência do Executivo fluminense e determinou uma política pública. Nada disso estava errado em si. Mas criou-se um caminho para arbítrios futuros”.
Leia novamente o parágrafo acima e tome um choque. Não, não somos nós do Jornal da Cidade Online que estamos falando. É a vênus platinada! Todas as loucuras dos “supremos” expostas no editorial. E finaliza:
“Noutras situações, o STF soube agir com comedimento. Ficou anos sem tomar decisão sobre o Fundo Garantidor de Créditos para não invadir competência do Legislativo. No caso da reeleição para as presidências da Câmara e do Senado, apenas mandou cumprir o que estava na Constituição. Casos assim mostram que os ministros têm plena noção da atitude exigida de juízes que concentram tanto poder. Precisam ter a sabedoria de mantê-la”.
É isso aí, Globo! Testemunhou de forma decisiva para implementação da verdadeira democracia brasileira: denunciou e desmascarou os “supremos”!
E eu finalizo, perguntando:
- Serão conscientes as afirmações ou o grupo Globo entendeu que as eleições estão perdidas e tentam com esparadrapos fechar os buracos, pelos quais sua audiência e a fidelidade para com a verdade, com a boa-fé, com a sinceridade, a honestidade, a franqueza, a transparência, a retidão, a correção, a integridade, a honra e a lisura estão, rapidamente, escoando pelo grande buraco que as esquerdas escavaram dentro da empresa e agora sugam tudo?
Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)