Magistrada critica prisão com base apenas na palavra da vítima em acusação de estupro e vira alvo de processo disciplinar
05/06/2022 às 18:37 Ler na área do assinanteQue o caso envolvendo o ator Johnny Deep seja inspirador para os magistrados do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), que irão julgar no próximo dia 22 a juíza Ludmila Lins Grilo, por um tuíte em que ela diz o seguinte:
“Mandar prender um sujeito por estupro, lesão corporal, qualquer crime na forma da lei Maria da Penha com base apenas na palavra da vítima é uma das coisas mais irresponsáveis que um juiz pode fazer no exercício de suas atribuições”.
Não citou nomes, não ofendeu ninguém, apenas opinou.
Porém, uma magistrada do TJ-MG não gostou do tuíte, e agora o tribunal irá julgar Ludmila, por possível má conduta disciplinar.
Sem dúvida, uma aberração, que mereceu um novo tuíte:
“Sim, um processo disciplinar foi instaurado por isto. Sei que parece, mas não é meme, nem piada.
A gravidade disso demonstra o atual estado de coisas dentro do sistema de justiça no Brasil e, claro, extrapola o meu campo particular de interesse. Acho que o público deveria saber.”
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