Impunidade

03/10/2016 às 18:56 Ler na área do assinante

Enquanto seguem animados os debates entre crivellistas e freixistas e o PT começa a rosquear a tampa do caixão, não podemos esquecer que o Brasil continua e muitos políticos precisam acertar suas contas com a Justiça.

Nesse sentido, é importantíssima a pressão do povo brasileiro sobre os ilustres togados do Supremo Tribunal Federal (STF), que seguem suas trajetórias de garantidores da impunidade para os crimes de colarinho-branco nos nobres palácios de Brasília.

Vejamos o caso de Renan Calheiros, presidente do Senado Federal e segundo na linha sucessória da Presidência de República.

Há quase 10 anos, Renan foi abatido por um escândalo que o levou à renúncia da presidência do Senado. Em 2007, uma matéria da revista Veja denunciou que o senador estaria utilizando um lobista da empreiteira Mendes Júnior para ‘arrecadar recursos’ que seriam destinados ao sustento, ‘por fora’, de sua escultural amante Mônica Veloso. Foi uma fuzarca nacional!

Após seis anos de investigação, finalmente a Procuradoria-Geral da República ofereceu, em 2013, denúncia contra Renan Calheiros pelos crimes de Peculato, Falsidade Ideológica e Falsificação de documentos. Por conta da prerrogativa de foro, a denúncia foi direcionada ao ministro Ricardo Lewandowski, do STF.

Quando Lewandowski assumiu a presidência do STF, o processo foi redirecionado ao ministro Luiz Edson Fachin, com quem repousa suave e tranquilamente nos últimos três anos.

Até hoje, quase uma década após os fatos, o Supremo Tribunal Federal ainda não decidiu sequer se aceita a denúncia, para só então tornar Renan Calheiros réu numa Ação Penal. Observe bem: nem estamos falando em julgamento do senador. Apenas na aceitação ou não da denúncia. É mole?!

Matéria da revista Veja desta semana informa que o procurador-geral Rodrigo Janot pediu urgência ao ministro Luiz Edson Fachin na inclusão da pauta no plenário do STF. Uma das justificativas é que boa parte dos crimes imputados a Renan neste caso já prescreveram e outros prescreverão em 2017.

Confira a matéria → (veja aqui)

Coisas de #BananeiraJeitinho...

Helder Caldeira

da Redação
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