Renato Duque foi o corpo e a alma de Lula na Petrobras, durante todo o seu, digamos assim, governo. Ele, na Petrobras, foi o alter ego de Lula naquela empresa petroleira.
Duque foi Diretor da empresa entre 2003 (início do governo do Grande Larápio) até 2015, já no segundo mandato de Dilma Rousseff, a Acéfala.
Duque, de fato, foi o principal operador do Petrolão dentro da Petrobras, esquema criminoso concebido e implantado por Lula e seus asseclas, para extorquir a estatal em favor de si próprio e de seu bando corrupto.
Homem ligadíssimo a Lula, Duque foi condenado na Lava Jato a SESSENTA anos de prisão. Mas, como bandido de alto calibre associado a Lula, Duque vive livre e solto, por conta do Estado Cleptocrático de Direito, criado pelo STF em 07/11/2019. /1/. Imagino que Duque deva dormir tranquilo como um inocente.
Conforme a revista Veja de 01/06/2022:
“Em seu edital, o TCU dá um prazo de 15 dias para que Duque apresente alegações de defesa quanto às ocorrências descritas no processo, e ou recolha aos cofres da Petrobras os valores atualizados monetariamente desde as respectivas datas de ocorrência das irregularidades. Os valores históricos atualizados monetariamente são de R$ 975.323.932,00 [pouco mais de 975 milhões de reais]. Se Duque não conseguir comprovar a lisura do processo, ele deve ser condenado e o débito deverá ser cobrado judicialmente. ”
O grande problema reside precisamente na última frase colocada acima, que dá margem a todo o tipo de enrolação até que um recurso chegue ao STF. Aí Duque poderá relaxar. Estará a salvo, segundo experiência pregressa relacionada a outros bandidos do esquema do Petrolão. Ao final, certamente terá sua multa anulada porque a nossa Suprema Corte não tolera condenações (quaisquer condenações) de bandidos de alto coturno que procuram sua proteção.
Em se tratando de Renato Duque, um indivíduo intimamente imbricado com o ex-presidiário Lula, a salvação é mais garantida ainda: afinal o STF não vai querer ver seu candidato à presidência da República, o seu bandido predileto, o ex-presidiário Lula, ser prejudicado eleitoralmente.
O Brasil talvez seja o único país no mundo em que um megacorrupto tenha sido “descondenado” pela sua Corte Suprema, para concorrer à presidência da República. Neste quesito parece que estamos bem mais avançados do que as piores ditaduras latino-americanas e africanas, tão beneficiadas no (vá lá) governo do ex-presidiário.
Tristes Trópicos!
REFERÊNCIA:
Sobre a criação do Estado Cleptocrático de Direito, pelo STF, leia o artigo:
José J. de Espíndola
Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.