Lula, Simone Tebet e cia não querem pacificar coisa alguma – suas biografias falam por si

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O esforço da grande mídia em retratar o presidente Jair Bolsonaro como um autocrata aspirante a golpista chega a ser comovente. Nunca se viu o líder do Poder Executivo ter tantas prerrogativas violadas, enfrentar inimigos tão desprovidos de qualquer senso moral e sofrer um assassinato de reputação tão virulento como ele sofre sem reagir no mesmo tom. Se o presidente é merecedor de críticas, merece-as mais pelo zelo excessivo com as tais ‘’quatro linhas da Constituição’’ do que por ações intempestivas.

Vivemos em um ambiente carregado, no qual personagens totalmente desprezíveis da nossa República agem com o objetivo único do caos total. Uma parcela importante da população, outrora dormindo em berço esplêndido, despertou para a realidade e percebe quem são os agentes do desassossego institucional. A outra faixa, em estado de perpétua revolta com o resultado eleitoral de 2018, apoia tal empreitada perigosa. Tentar conciliá-las é dar murro em ponto de faca. É tarefa fadada ao fracasso.

Pois bem, os porta-vozes do establishment vivem falando que querem pacificar o país. De Lula a Simone Tebet, passando por todos os integrantes da tragicômica terceira via, o mantra repetido é acabar com a polarização e o clima de ódio no país.

Essa propaganda não é apenas mal feita: é mentirosa também. O establishment não quer pacificação de maneira nenhuma. Seus asseclas são os primeiros a jogar lenha na fogueira nacional sem sequer disfarçar a predileção pelo tumulto. O alvo, é claro, continua o mesmo: o povo – de preferência a fatia conservadora.

De Lula já não se espera muita coisa. O ‘’nós contra eles’’ foi um mantra evocado ad infinitum na era petista, uma espécie de carta na manga para qualquer crítica aos desmandos do partido então no poder. As esquerdas sempre apostaram no ‘’dividir para conquistar’’, pois o marxismo cultural depende de um estado permanente de guerra entre as múltiplas classes – sejam elas sociais, econômicas ou mesmo culturais. A militância enragé continua firme e forte, disposta a sacrificar qualquer coisa para o êxito completo da revolução.

Para quem ainda não sabe, Lula fundou juntamente com Fidel Castro o Foro de São Paulo, organização criada com o objetivo confesso de ‘’recuperar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu’’. Ou seja, o único fim dessa engenhoca macabra é a instauração do comunismo em nível continental – ainda que se tenha de fazer concessões momentâneas à economia de mercado capitalista. As declarações recentes de Lula não são expressões de caduquice: são a expressão perfeita daquilo que ele sempre pensou e quis fazer. Destruir a boa educação, realizar um controle brutal das armas, limitar o padrão de vida da classe média e instaurar novamente a irresponsabilidade fiscal é nada mais que a plataforma petista em seu estado natural.

No caminho do sonho dourado petista está o bom e velho conservadorismo, os amantes da liberdade e defensores do indivíduo perante o coletivismo estúpido. Esses estão com a espada apontada para as suas respectivas cabeças, sem qualquer chance de conciliação com tais metas. Querem exemplos? Nossos vizinhos latino-americanos governados pelas esquerdas apontam o caminho que nos aguarda caso o sr. Lula volte ao poder.

A mais nova porta-voz do estamento burocrático, senadora Simone Tebet (MDB-MS), almeja disputar a presidência com um discurso de pacificação do país e contra a polarização política – clichês com aceitação máxima no mainstream e mínima na população. Essa repetição tosca de chavões desprovidos de qualquer significado real não é apenas vergonhosa. É mentirosa também.

O que disse Simone Tebet contra as supremas ilegalidades que visam censurar e criminalizar a direita política? O que disse Simone Tebet contra o Inquérito das Fake News – intitulado pelo ex-ministro Marco Aurélio de ‘’inquérito do fim do mundo’’? Absolutamente nada. Além disso, ela votou favorável ao PL das Fake News. Eu já escrevi um artigo sobre essa iniciativa e classifiquei a mesma como Lei da Mordaça. Na época os riscos foram apontados, e ainda assim a ‘’pacificadora’’ Simone Tebet achou por bem dar o sinal verde para uma iniciativa totalitária como essa.

Todos nós sabemos que o termo fake news foi popularizado pelo ex-presidente americano Donald Trump, mas foi capturado pela esquerda mundial com o intuito de criminalizar e censurar as vozes conservadoras. Hoje, significa qualquer conteúdo ou opinião desalinhada ao consenso esquerdista. Todos sabem disso. Quem apoia iniciativas que professam combater as tais fake news está colaborando com a cruzada esquerdista para acabar com a liberdade de expressão.

A ‘’pacificadora’’ Simone Tebet foi a mesma que deu aquele chilique monumental da CPI da COVID – mais conhecida como CPI do Circo. Vocês imaginam só que tipo de pacificação uma política que ofende e desqualifica pessoas sem querer uma resposta à altura ao usar o feminismo como escudo. Nosso país – e o próprio mundo – já tem pessoas demais para jogar gasolina na fogueira interminável do conflito entre os sexos. Não precisamos de mais feministas enragés para isso – quanto mais na presidência da República.

Não se enganem: qualquer candidato ligado ao establishment não trará a paz perpétua ao Brasil. Muito pelo contrário. Sabemos que a direita está sendo perseguida, criminalizada e amordaçada, e com exceção do presidente Bolsonaro, o resto dos postulantes ao seu cargo são no mínimo coniventes a esse estado de coisas. Seja Lula, Ciro Gomes ou Simone Tebet.

Foto de Carlos Júnior

Carlos Júnior

Jornalista

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