O desabafo da mãe do menino envenenado se referindo a madrasta: “Ela sabe como matar”
23/05/2022 às 11:00 Ler na área do assinanteJane Carvalho Cabral é mãe de Fernanda e Bruno, dois jovens que podem ter sido envenenados pela madrasta. É o que tudo indica.
A mulher, Cintia Mariano Dias Cabral, foi presa na última sexta-feira (20).
Bruno foi internado no dia 15 de maio, no Hospital Municipal Albert Schweitzer, no Rio de Janeiro, com tonteira, língua enrolada, babando e com coloração da pele branca, após comer um prato de feijão, feito e servido pela madrasta.
Antes, no mês de março deste ano, a irmã do garoto – Fernanda Carvalho Cabral – havia morrido no mesmo hospital, com sintomas semelhantes, após uma outra refeição, também servida pela madrasta.
O relato da mãe é estarrecedor. Selecionamos alguns trechos publicados no jornal O Globo:
“Tudo começou com a Fernanda. Ela passou mal, o que levou a uma internação angustiante de 13 dias. Torturante, porque ninguém descobria o que ela tinha. A equipe médica não chegava a um diagnóstico, não conseguia dizer por que ela estava ali, mesmo fazendo uma bateria de exames. A Fernanda era uma menina linda, cheia de saúde. Passou mal do nada, teve uma parada cardíaca e foi intubada. Mesmo assim, a gente não perdia a esperança.
(...)
A madrasta (Cíntia Mariano Dias Cabral) já chegou falando que ela tinha tomado um produto depois da academia, mas ela estava com um plano alimentar de uma nutricionista, com um personal trainer. E eu acreditava na minha filha.
(...)
No dia 15, dia da internação (...). Eu só fiquei sabendo por volta das 22h30, quando a Cíntia veio me dar a notícia. Ela mandou eu correr para o hospital, porque a Fernanda tinha passado mal. Na hora, achei que fosse um acidente, que ela tinha caído. Nunca imaginei na minha vida que a minha filha estivesse sofrendo uma parada cardíaca.
Devido à parada cardíaca, ela teve uma lesão no cérebro e foi isso que causou a morte dela, porque os órgãos foram parando. O atestado de óbito diz que foi parada cardíaca, falência múltipla dos órgãos, mas o que fez ela ter uma parada cardíaca? Ninguém descobriu. Chegou ao óbito, essa tristeza toda, e a gente em hipótese alguma imaginava o que tinha acontecido. Até, exatamente dois meses depois, o Bruno passar mal.
No último domingo, o Bruno foi almoçar na casa do pai, o que era raro de acontecer, até porque ele já tinha um pé atrás com a madrasta.
(...)
Ele achou muito estranho como as coisas aconteceram. Ela serviu o feijão, entregou o prato para ele, e pediu para que ele completasse com as outras coisas. Quando ele começou a comer, estranhou o gosto do feijão. Foi cutucar a comida para ver o que tinha e encontrou pedrinhas azuis, do tamanhinho de gergelim, como se tivessem sido trituradas num pilão. Ele perguntou o que era aquilo. Foi quando ela arrancou o prato da mão dele, nervosa, tirou a parte das bolinhas e colocou mais feijão, como se quisesse disfarçar o gosto.
Perguntei por que ele continuou comendo. Ele disse que não queria fazer desfeita, porque quase não ia lá, forçou comer mais do feijão amargo, até que não aguentou mais e perguntou novamente que bolinhas eram aquelas. Mais nervosa ainda, ela arrancou o prato do Bruno. Ela ainda chegou a apagar a luz da cozinha porque o Bruno foi atrás para saber o que era aquilo ali.
Ele chegou aqui apavorado, me perguntando o que fazia para vomitar. Quando perguntei o motivo, ele contou a história do feijão, me perguntou se eu sabia que tempero poderia ser aquele, azul. Na mesma hora eu pensei na Fernanda e sugeri que a gente fosse ao laboratório fazer um exame de sangue porque, se tivesse alguma coisa, iria acusar. Mas não fui capaz de imaginar o que estava por vir.
Ele tentou colocar o dedo na goela, não saiu nada. Quarenta minutos depois, começou com uma sonolência. Inicialmente, pensei que fosse porque ele tinha acordado muito cedo para ir ao simulado da escola. Mas o sono aumentou, virou tontura e ele não conseguia mais levantar. Começou a suar frio, arrancou a blusa, a língua começou a enrolar e a ter umas pequenas convulsões, começou a espumar, como se fosse um inseto morrendo depois de você colocar inseticida. Ele já estava com metade do corpo paralisada e começou a pedir água.
Quando vi os olhos dele revirando, pensei em envenenamento. Na mesma hora, liguei para o pai e fui descendo as escadas com ele. Na mesma hora, vieram os dois socorrer. Quando ela chegou aqui, gritei na mesma hora: "O que você colocou nesse feijão?". Já não tinha mais dúvida de nada. Tudo o que o Bruno estava tendo foi o que eles falaram que a Fernanda teve lá. A língua enrolando, o corpo molhado de suor...”
(...)
Pensei, meu Deus do céu, você vai levar meu outro filho? Mas graças a Deus e a todos os santos, meu bebezinho está aqui hoje. Foram dois meses certinhos. A Fernanda foi 15 de março, domingo foi 15 de maio.
(...)
Agora, quero que ela fique na cadeia para o resto da vida, que ela saia de lá caquética. Ela tem uma energia horrível, uma energia ruim.”
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