Uma moça linda, vaidosa, atuante nas redes sociais, mas que no submundo aplicava o golpe do conto do bilhete premiado.
É o que revelam as investigações da polícia civil da cidade de Uruguaiana (RS), onde Juliane Rodrigues Schleder teria aplicado, juntamente com um comparsa, o golpe do conto do bilhete premiado, numa idosa de 89 anos, que perdeu R$ 100 mil em joias e R$ 1.200 em dinheiro.
Residente na cidade de Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul, Juliane, frequentava a sociedade, tinha muitos amigos e, muito bonita, esnobava elegância.
Residia num edifício de alto padrão,
no centro da cidade e aparentemente sobrevivia dos ganhos obtidos com a ‘Boutique da Juh’, uma loja virtual que vendia roupas e acessórios femininos pela internet.
A revelação com relação aos seus ‘ganhos extras’ chocou a cidade de Passo Fundo.
Com a prisão preventiva decretada, a bela jovem foi presa no momento em que estava saindo de um salão de beleza,
na última sexta-feira (23)
Uma ordem de busca e apreensão no apartamento de Juliane, logrou encontrar uma grande quantidade de joias que foram apreendidas e serão levadas até a vítima, para que seja feito o reconhecimento.
A suspeita de estelionato foi recolhida ao Presídio Regional de Passo Fundo.
O Golpe do conto do bilhete premiado
Fonte: Revista Jurídica
Sem dúvida, esse é um dos golpes mais tradicionais do Brasil. Mesmo antigo, ainda existem dezenas de denúncias de vítimas deste tipo de fraude, sem contar aquelas que, por vergonha, sequer denunciam. Geralmente, o roteiro clássico é o seguinte:
O golpista, com cara de pessoa desorientada e sem instrução, pede informações sobre o endereço de uma agência da Caixa Econômica Federal dizendo que é para receber um prêmio da loteria. Ao escolher sua vítima, normalmente uma pessoa mais idosa e sozinha, o golpista solicita ajuda à vítima dizendo que está tendo problemas em receber o prêmio da loteria por ser analfabeto e estar sem documentos. Ele também promete um percentual à pessoa que o ajudar a receber este dinheiro.
No meio da conversa, um terceiro, também golpista, aparece e oferece ajuda com ligações para confirmar os números premiados. Após a falsa confirmação do prêmio, os golpistas e a vítima vão até a loteria mais próxima. No trajeto, porém, o suposto ganhador usa de ardil e usa uma desculpa qualquer (horário do ônibus, criança na escola, parente no hospital) e afirma que precisa de garantias de que as pessoas que o estão ajudando não vão roubar seu dinheiro.
Mais que rapidamente o segundo golpista, aquele que apareceu para também ajudar, tira da carteira uma quantia razoável de dinheiro... Como o valor é menor que o tal prêmio, os golpistas sugerem que a vítima também saque um numerário. A vítima, crendo que fará um ótimo negócio, para não perder a oportunidade de ganhar uma bolada, vai até o banco mais próximo e saca na boca do caixa boa quantia em dinheiro. Ao entregar o dinheiro aos golpistas, a vítima ou fica com o falso bilhete ou logo é enganada com um desculpa qualquer e a fuga dos “espertos”.
da Redação