A entrevista com cheiro de cachaça: “Mais uma do Zé-Lelé embriagado”

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“Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta”. (Albert Einstein).

E Lula deu uma entrevista à revista Time. Melhor faria a revista americana de viés esquerdista se tivesse entrevistado o pipoqueiro da esquina. Ou se fosse a um bar conversar com qualquer pinguço, obteria respostas muito mais coerentes e objetivas.

Mas como obter respostas de alguém que não as possui e nunca as possuiu? Em mais de trinta anos de magistério, aprendi que ninguém pode dar aquilo que não tem, Isto é: como cobrar de alguém uma resposta que ela não possui, não teve contato profundo, jamais leu, debateu ou procurou especialistas no assunto, ou estudou?

Mas se você conversar com qualquer cachaceiro ele lhe dará todas as respostas. Nada ficará sem resposta. É sempre genérico. Ele falará sobre todas as coisas que conhece e não conhece: política, filosofia, matemática, física, química, botânica, literatura, música clássica, qualquer coisa que apareça ele traça sem a menor dificuldade. É a costumeira malandragem.

Tudo na entrevista de Lula cheira a cachaça. Há pouco o que comentar e muito a lamentar. É desanimador saber que esse ser inútil tem seguidores. Nenhuma proposta séria ou algum planejamento, apenas gabolice de bêbado a respeito de sí mesmo e de seu passado que ele imagina virtuoso. Perguntado sobre economia, respondeu:

- “Eu sou o único candidato que as pessoas não deveriam ter essa preocupação, porque eu já fui presidente duas vezes. E a gente não discute política econômica antes de ganhar as eleições. Primeiro, você precisa ganhar para depois você saber com quem você vai compor e o que você vai fazer. Quem tiver dúvida sobre mim, olhe o que aconteceu nesse país quando eu fui presidente da República: o crescimento do mercado”. (…) Então, as pessoas precisam ter em conta o seguinte: ao invés de perguntar o que é que vou fazer, olhe o que eu fiz”

Primeiro ele ganha, depois diz o que vai fazer. O povo deve dar carta branca para Lula. O problema é que todos nós sabemos o que Lula fez: corrompeu, quebrou as estatais, mensalão, petrolão, elegeu o poste Dilma que continuou a desgraça: elevação dos gastos públicos, intervencionismo, população endividada, milhões de desempregados, recessão econômica... 

O cheiro de cachaça fica mais forte e Lula responde sobre a guerra na Ucrânia:

- “Às vezes fico vendo o presidente da Ucrânia na televisão, como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentares, sabe? Esse cara é tão responsável (pela guerra) quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado (…) O comportamento dele é um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo. Era preciso que ele estivesse mais preocupado com a mesa de negociação. (…) Ele quis a guerra”.

Espantoso tudo isso. E é mais assombroso ainda o cinismo do malandro, pois Lula não tem a menor ideia do que é uma guerra, dos horrores, da destruição e irresponsavelmente ainda acusa a nação que foi invadida, estuprada, de querer a guerra. Mykhailo Podolyak, assessor da presidência da Ucrânia, respondeu no Twitter:

- “O ex-presidente brasileiro Lula da Silva fala sobre a culpa da Ucrânia ou do Ocidente na guerra. São tentativas russas de distorcer a verdade. É simples: a Rússia atacou traiçoeiramente a Ucrânia, a guerra é apenas no território da Ucrânia, a Rússia mata massivamente civis. Guerra clássica de destruição e ocupação”.

Lula é um Zé-Lelé embriagado, uma espécie de bufão que o destino jogou em solo brasileiro e que profere tolices e mais tolices e os canhotas que dominam a cena cultural do país aplaudem, repetem, divulgam através de jornais e revistas como coisas inéditas e espetaculares. Vou lembra-los de mais idiotices pronunciadas pelo beberrão:

Em 18 de agosto de 2004, em conversa com o presidente da Costa Rica, Abel Pacheco de la Espriella:

- "Eu fui ao Gabão aprender como um presidente consegue ficar 37 anos no poder e ainda se candidatar à reeleição".

Em 30 de abril de 2003, na abertura do seminário “Brasil-China: um salto necessário”, o cheiro de cachaça estava no ar e o sem-noção disse:

“Quando Napoleão foi à China, ele cunhou uma frase que ficou famosa. Ele disse: A China é um gigante adormecido que o dia que acordar, o mundo vai tremer. (Lembrando que Napoleão nunca foi à China.).

Nestes primeiros meses de 2022 o cheiro de cachaça aumentou e Lula disse que é “líder de uma notável frente ampla”, que vai “abrasileirar o preço da gasolina”, que “Bolsonaro não gosta de gente, gosta de policiais”, vai “revogar a reforma trabalhista” ...

É constrangedor para qualquer brasileiro lembrar que esse sujeito dirigiu a nação por 8 anos e elegeu para lhe suceder Dilma, que possuía apenas meio neurônio e estocava vento.

Depois de tudo o que você leu: a patifaria de Lula contra o povo da Ucrânia, a infâmia contra Volodymyr Zelensky, que tenta por todos os meios impedir o genocídio de seu povo atacado violentamente por Putin, as idiotices anteriores, as leseiras atuais, será que existirá, realmente, algum brasileiro ou brasileira, jovem, adulto, idoso, que terá a coragem de dar um voto a esse ser ignóbil?

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Foto de Carlos Sampaio

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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