A rede é do povo!

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Ao Presidente da República chegou a notícia, no início deste mês de abril, pelas redes sociais, que os representantes do WhatsApp no Brasil haviam sido peitados pelo STF e pelo Tribunal Superior Eleitoral para não permitir a implantação no Brasil de uma nova e revolucionária funcionalidade na plataforma, que somente poderia ser lançada no País, após as eleições de outubro deste ano.

O recurso, chamado de “Comunidades”, permitirá que os administradores enviem mensagens para diferentes grupos ao mesmo tempo. Na prática, a novidade permite disparos em massa para diversos grupos de interesses comuns.

Isto teria deixado a escória absolutista do Mandarim Barroso em pânico, ante a mais nítida evidência de que as redes sociais são realmente incontroláveis e que abaixo dos Céus não há força alguma que as controle.

De imediato a caterva censora veio para o ataque, convicta de que os patriotas, espontaneamente e por modo próprio, utilizariam esta ferramenta para exercer seu livre pensamento contra a vermelhada delinquente e, mercê da desculpa esfarrapada de sempre, sentenciou: haverá um derrame de notícias falsas daqui para outubro que pode derrotar nosso candidato nesta corrida presidencial, o “Ogro Descondenado”.

Vigilante como de costume, logo que o Planalto soube da novidade pôs o Presidente a par e este, por sua vez, proclamou em praça pública, ao término de um evento de rua que “a medida era inadmissível, inaceitável e não será cumprida, sem que o País receba as devidas explicações”.

"E já adianto que isso (as novas facilidades) que o WhatsApp está fazendo no mundo todo não tem problema” (para nós). Agora, abrir uma excepcionalidade no Brasil, é inadmissível e inaceitável. E não vai ser cumprido esse acordo que, porventura, eles realmente tenham feito” ... “segundo as informações que eu tenho até este momento", disse o Presidente.

O que se sabia era que a plataforma, depois da reunião havida entre o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso e o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, realmente não implementaria nenhuma mudança significativa do produto no Brasil antes das eleições.

Realmente, segundo consta, após o período eleitoral, o aplicativo vai promover uma série de novidades, além da implementação das tais Comunidades - grupos de envio de mensagens aos milhares. Entre elas estão as reações com emojis às mensagens, a exclusão de mensagens em grupos pelo administrador, o aumento da capacidade de envio de arquivos grandes para até 2 gigabytes e chamadas de voz com apenas um toque para até 32 pessoas.

Considerando tudo isso um acinte contra o direito de livre expressão que a todos garante a Constituição Federal, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu, na quarta-feira (27), com representantes do WhatsApp para se inteirar e discutir o insultuoso acordo celebrado entre a empresa e o TSE. O encontro não constava na agenda pública do chefe do Executivo, mas começou às 10h e contou com a presença do ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Até onde se pode apurar, o WhatsApp garantiu ao Presidente que a chegada das novidades ao Brasil, programada para o final do corrente ano, somente assim ocorreria por causa de questões comerciais e impedimentos de ordem técnica e não por pressão do inútil e abominável do TSE. Ah, bom!

O fato levantou as redes sociais, hoje a mais clara e legítima expressão da soberana vontade do povo, pela qual as bocas de milhões e milhões de brasileiros gritaram indignados contra esta sórdida tentativa de censura abusiva e ilegal.

E ela, a rede social - esta verdadeira nova praça pública - antro de liberdade a que se referiu o grande poeta baiano Castro Alves, em “Espumas Flutuantes” (1870), “... é do povo! Como o céu é do condor!” Que a corja togada, Lula e a vermelhada sem verniz não ousem mais do que podem e de cima dela retirem definitivamente suas garras e suas torpes pretensões!

A pronta e corajosa ação do Capitão, ainda que não tenha logrado ver implantadas as medidas e os avanços que a empresa noticiou, deixou bem claro para os gringos que o Brasil não será nunca discriminado por quem quer que seja ou subjugado pelos poderosos, sem falar que o Presidente e sua equipe devem ter conseguido muito mais do que isso da tal plataforma, em defesa da liberdade de expressão, para desespero da canalhada dos Tribunais Superiores. Quem viver verá.

O incidente em si não mereceria maior atenção nem com o mesmo se deveria dispensar tanto comentário, não fosse pelo fato daquilo que se pode identificar em suas entranhas e que revela a tônica do procedimento de uma gente que prefere a morte cívica se não puder voltar a roubar no trato da coisa pública e que por isso precisa calar o povão.

Porém, se por um lado surgem no caminho estes percalços, por outro nos alenta o aparecimento daqueles que ao lado do bem lutam pela liberdade. Falo da alvissareira notícia relativa à compra do Twitter, pelo bilionário Elon Musk, considerado como “um gesto ao mundo em defesa da liberdade”.

O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também cumprimentou Musk pela aquisição. “Parabéns Elon Musk! Que o Twitter passe a ser o templo da liberdade de expressão, diferentemente de algumas outras plataformas que se tornaram local de censura e perseguição ideológica!”, escreveu o advogado.

Vamos seguindo. Penso que quando for proclamada a vitória do Capitão no próximo pleito eleitoral, em definitivo se vai sepultar a esquerda no Brasil - pelo menos a esquerda delinquente e de roldão a direita ladra e voraz – e que veremos finalmente a redenção e a luz que faz brilhar a Nação Verde e Amarela para os povos da terra.

Mais esta vez Bolsonaro venceu, os patriotas resultaram amparados, nosso povo defendido e a liberdade do brasileiro preservada. Falando assim e depois do caso passado pode parecer muito pouco, quase nada, mas a luta da “Nova Ordem Brasileira” é diária, constante e os atentados contra a mesma parecem não ter fim.

Vencida esta batalha, que a rigor foi muito mais perigosa do que pode ser divulgado - como bem pode intuir o atento cidadão - em razão não só do que se pôde mensurar por conta da indignada reação pública do “Mito das Multidões”, mas, também, por conta do incomum arrego da poderosa “big tech”, digo que não há descanso e que estejamos preparados para a próxima investida do lado vermelho da força.

Foto de José Maurício de Barcellos

José Maurício de Barcellos

Ex-Consultor jurídico da CPRM-MME. É advogado.


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