O presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros, um dos mais fiéis representantes da banda mais podre da política brasileira, verdadeiramente ultrapassou todos os limites da decência e da razoabilidade comportamental.
Quando da sessão de votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Renan chocou o país ao revelar na presença do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que havia agido junto a Suprema Corte brasileira no sentido de evitar o indiciamento da senadora Gleisi Hoffmann e de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo.
Mesmo diante da gravidade da declaração, o caso, por enquanto, está adormecido. Parece que as partes envolvidas se acumpliciaram e acharam por bem não mexer no assunto.
Porém, nesta terça-feira (20), o senador voltou a cena, desta feita desferindo ataques contra a Operação Lava Jato, na qual é investigado no STF e ainda permanece incólume.
Petulante, ele declarou que os investigadores da Lava Jato precisam ‘acabar com o exibicionismo’ e fazer denúncias ‘consistentes’.
A coragem de Renan para falar o que bem entende e ultrapassar todos os limites da decência, tem uma justificativa, a maldita proteção do nefasto ‘foro privilegiado’.
Edmundo Zanatta
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