Pesquisa x Enquete: A decadência dos institutos e a ascensão das enquetes

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Não há como negar que os ditos institutos de pesquisas de opinião estão sem credibilidade e em pleno curso da falência institucional, pelo menos nesse quesito. Primeiro, há de ser dito, que não se trata de instituto, e sim, de empresas particulares, muitas travestidas por órgãos de comunicação.

O IBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, criado em 1942, é um caso bem típico. Outrora, um instituto respeitado, quase sinônimo de prestígio, audiência e credibilidade, a empresa foi, ao longo do tempo, especialmente a partir de 2014, vendida, associada a outras empresas, até se tornar a atual IPEC. Trabalhou em vários segmentos, e de suas pesquisas, o mercado direcionava suas ações mercantis e políticas. Na área de pesquisa eleitoral sempre foi atuante e referência.

Hoje, frente a inúmeras empresas que fazem o trabalho de pesquisas de opinião, nota-se, claramente, que a política é que direciona os resultados. A percepção popular não deixa margem de dúvida quanto a isso e a desconfiança é reinante.

Expressões usadas para confrontar essa credibilidade perdida pela divulgação de pesquisas tem o “DataPovo” do Jornal da Cidade Online e o “DataRua” da jornalista Cristina Graeml, como um espelho do que a sociedade pratica de fato. É real!!! A olhos vistos, o povo nas ruas mostra sua preferência eleitoral, e por outro lado, a oposição, nas figuras petistas e afins, com performance retraída, limitada e fechada a espaços escolhidos a dedo (bem como sua plateia), além das indefinições da tal invenção política chamada 3ª via, batem cabeça o tempo todo.

Com tudo isso, as enquetes, reconhecidamente sem valor estatístico, técnico e científico, vem ganhando espaço, e mais reconhecimento do que as próprias empresas divulgadoras de pesquisas eleitorais. Virou lugar comum, em alguns casos, rir-se dos resultados.

Diariamente, enquetes são abertas para o público, com diversas temáticas no segmento político, mas aquelas da opinião eleitoral são o destaque. O grupo Jovem Pan, em seus jornais e programas diários sempre abrem suas enquetes personalizadas, onde abordam o momento político. Ainda que não seja diretamente ligada à votação, os percentuais apresentados dão uma mostra do pensamento dos ouvintes e telespectadores do canal.

Outras mídias de comunicação são mais diretas em suas enquetes. São inúmeras, mas o perfil de todas direcionam a um mesmo caminho, reiterando e corroborando com o que se vê nas ruas do país. Mesmo as enquetes elaboradas por opositores do governo federal, a resposta é sempre negativa quanto às pretensas amostragens e conotação de discordância que querem fazer prevalecer.

Para demonstrar, publico uma enquete do jornal de notícias da cidade do Espírito Santo de Pinhal, interior de São Paulo, Portal de Pinhal. Como exemplo, os números para Presidente da República e para Senador do estado do Espírito Santo.

Pelos números percentuais de enquetes, guardadas as devidas proporções entre as tecnicidades utilizadas por pesquisas de opinião, dá para assimilar a proximidade voluntária das opiniões das enquetes frente ao movimento dos eleitores, seja nas ruas, seja nas redes sociais. Esse fenômeno pode ser observado em muitas enquetes divulgadas pelo Brasil afora.

É uma observação simples, mas não simplória, porém, bem mais realista sobre as eleições deste ano.

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Alexandre Siqueira

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