Política e culinária: "Marreco otário à caçarola" é o prato a ser servido

15/04/2022 às 08:54 Ler na área do assinante

Foto reprodução

Esses dias o Moro teve uma lição de política e uma de culinária ao mesmo tempo. Eu explico.

Primeiro ato: Moro é estimulado a sair do Podemos e ir para o União Brasil, com a promessa de sair candidato com o apoio de uma união de partidos. Achou que o jogo estava ganho, e na cara dura traiu o Podemos.

Segundo ato: Moro é recebido no União Brasil e fica todo contentinho. Na calada da noite o partido escolhe Bivar para candidato, e o alija da corrida presidencial. Não há mais o que fazer, pois não há mais janela partidária para mudar para outro partido. Inteligentemente o Moro foi chamado para ser cancelado, como uma mosca que cai no papel pega- mosca. Enfim, ele não foi derrotado pelo Bolsonaro, mas sim antecipadamente pela sua própria ambição. Se julgou malandro e agora entendeu que era um infante diante de profissionais. "Foi jantado" que se diz?

Terceiro ato: Agora é que vem a parte da culinária. Bivar e o União Brasil ensinaram como fazer um excelente "marreco otário a caçarola".

Eis a receita:

Faça uma armadilha bem montada, com comidinha de marreco para que o bichinho estúpido acredite que vai encher a barriguinha e se dar bem. Na verdade você não estará alimentando ele, e sim temperando por dentro. Não foi assim, Bivar?

Assim que o marreco babaca cair na armadilha, você amarra ele, enche ele de tempero disfarçado de comida, espera ele dormir e o degola.

Primeiro você depena, depois cozinha, depois assa, depois frita e só então serve ao Brasil um prato de marreco otário a caçarola, para que seja consumido por todos.

Ahhhhhhh!!!! Não esqueça de acrescentar uma cenoura bem grande no rabo do bichinho. Na falta de cenoura, pode ser um pepino grosso avantajado ou um abacaxi inteiro, com casca, só deixando a coroa do lado de fora. Marreco otário sempre leva um recheio grandão no rabo. É mandatório da receita, não é isso mesmo, Bivar?

Agora só resta grasnar na cama, que é um lugar quente.

Nota: Eu não sei porquê, mas eu sabia que cedo ou tarde eu escreveria esse texto. Algo dizia para mim: De um jeito de outro vamos comer marreco.