No "Brazilian Conference", as máscaras caem e internacionalizam a vergonha!

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Em sua 8ª edição, o Brazilian Conference realizou nos dias 09 e 10 de abril, mais um encontro pra lá de político, porém, pretensiosamente travestido de uma aura democrática.

O evento, criado por estudantes brasileiros em 2015 (nos Estados Unidos), tem como objetivo levar para a comunidade brasileira estudantil da região de Boston/EUA, debates com temáticas da política, economia, cultura e sociedade, segundo o site da entidade.

Eles não deixam dúvidas que os objetivos não são tão democráticos assim. Ainda segundo o site, no tópico “NOSSOS VALORES - TRANSPARÊNCIA E ÉTICA - Somos claros quanto aos nossos objetivos, motivações, apoiadores, forma de trabalho e tomada de decisão. Agimos seguindo o padrão ético que queremos ver prevalecer no Brasil.”, a contradição entre a teoria e a prática são gritantes.

A começar pelo principal patrocinador da iniciativa, Jorge Paulo Lemann, desde o início, e suas empresas e ligações com outros financiadores do evento. Os maiores financiadores do Brazilian Conference/2022 são empresas com um perfil em comum, assim como várias outras patrocinadoras, que é a ligação com o mercado financeiro mundial.

Fundação Lemann, BTG Pactual (André Esteves, já preso em investigações do mercado financeiro), Nomad e Unico. Outras empresas “investidoras” do evento como a Stone - tem entre seus principais acionistas Warren Buffett e a chinesa Alibaba, a Ambev, AME Digital, B2W e Lojas Americanas, todas envolvidas com Paulo Lemann. Não podemos deixar de citar, ainda, a Fundação Rockefeller via Harvard University.

Mas, o que deixa escancarada as verdadeiras pretensões do evento são as pessoas, especialmente, aquelas ligadas à esquerda brasileira e as que trabalham contra o governo brasileiro. Senão vejamos: no jornalismo, nomes carimbados pela militância política como Eliane Cantanhêde, Vera Magalhães, Gabriela Prioli, Natuza Nery e Augusto de Arruda Botelho. Figuras polêmicas, para não dizer outra coisa, como o Padre Júlio Lancelotti, Dimas Covas, Ludhmila Hajjar, Llona Szabó, Luciano Huck e, pasmem, Cristiano Zanin (o advogado do Lula).

Políticos inexpressivos como Eduardo Leite (PSDB), ex-governador do RS, e Tabata Amaral (PSB/SP). Outros, já como pré-candidatos à presidência, participaram do evento, como Dória, Ciro Gomes, Simone Tebet e Sérgio Moro (?), num verdadeiro e dissimulado palanque eleitoral.

Mas, o que chamou a atenção foi a participação dos ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso.

Frases polêmicas surgiram:

“...Nós precisamos parar de supervalorizar o inimigo, nós somos muito poderosos, nós somos a democracia... nós precisamos enfrentá-lo, mas sem a sensação de que nós perdemos.”, disse Barroso.

Lewandowski afirmou:

“O Supremo Tribunal Federal, num momento de paralisia, de inércia das autoridades públicas, teve um importante papel de apontar caminhos a serem seguidos pelo governo federal, pelos governos estaduais e municipais, para o enfrentamento da pandemia evitando que a crise sanitária ganhasse proporções maiores. Essa atitude negacionista do governo federal foi responsável por um aumento exponencial do número de infectados e mortos... A Suprema corte, por seu plenário, decidiu que não compete ao executivo federal afastar as decisões dos governos estaduais e municipais que adotarem no âmbito de seus territórios algumas medidas restritivas...”

Já a ministra Cármen Lúcia, abordou, por suas ideias, o tema "democracia", falando sobre liberdade de expressão e direitos fundamentais:

“...estamos vendo desabrochar a flor do medo... levando o povo a se envenenar pelo autoritarismo, populismo...”

Uma dúvida surgiu sobre o discurso da ministra:

O que ela quis dizer sobre a Constituição de 1988 ao afirmar que “parecia ser democrática”?

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Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

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