Pressionado, Moro decepciona e foge de importante questão sobre excessos cometidos pelo STF (veja o vídeo)
21/03/2022 às 18:33 Ler na área do assinanteTrechos da entrevista concedida pelo juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, na semana passada, continuam pingando nas redes, como verdadeiras pérolas que vão minando o terreno e mostrando a verdadeira face daquele que é considerado um dos principais representantes da tal Terceira Via ao Palácio do Planalto, nas próximas eleições.
Moro falou ao Direto ao Ponto, comandado por Augusto Nunes e ouviu o seguinte questionamento da jornalista Paula Leal, da Revista Oeste:
“Aproveitar seus conhecimentos jurídicos para perguntar a respeito da abertura de inquérito por membros do STF. Porque me parece que existe uma divergência interpretativa com relação ao artigo 43 do regimento interno do Supremo que justamente prevê a possibilidade de ministros abrirem inquéritos por contra própria sem a participação do ministério público. E aqui me refiro aos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos (conhecido com o inquérito do fim do mundo).
Eu queria saber sua avaliação sobre esse artigo 43 e se um ministro pode mesmo abrir um inquérito sem a participação do ministério publico, investigar o caso e julgar este mesmo caso?”
Moro, então, dá uma resposta evasiva:
“Em relação a esse ponto, é uma questão que eu não tenho me debruçado tanto em analisar juridicamente, está no regimento do Supremo Tribunal Federal, eles entenderam que eles têm esse poder”.
É novamente pressionado pela jornalista:
"Eu só queria saber se existe alguma alternativa, algum caminho para quando um ministro do STF toma uma decisão ilegal ou afronte a Constituição”.
Mas volta a decepcionar, sem uma resposta firme:
“O recurso cabe ao próprio STF”… disse, sendo interrompido por uma resposta irônica de Augusto Nunes, que escancarou a realidade:
“Tem que recorrer ao ministro Alexandre de Moraes sobre as decisões do Alexandre de Moraes”.
Falta de conhecimento jurídico, medo do confronto ou conivência com o ativismo judicial?
Sérgio Moro é como um comemorado cavalo de raça que acumulou inúmeras vitórias ao longo da vida e ganhou fama internacional, mas que refugou naquela que seria a maior de todas as corridas, derrubando o joquei, decepcionando o público e deixando na mão quem nele apostava.
Veja o vídeo:
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da Redação