Roubo de faixa fez com que Temer aparecesse sem faixa neste 7 de setembro

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Já virou polêmica o fato de Michel Temer surgir no tradicional desfile cívico da Independência sem a faixa presidencial como adorno. Em princípio, pode até parecer uma bobagem, mas, tal qual a polêmica desnecessária do sapato na China, deixar esse tipo de assunto ganhar relevância é apenas uma boa demonstração de como o Palácio do Planalto, sob o comando direto do PMDB, tem enormes dificuldades de Comunicação.

A explicação é bastante simples, ainda que contenha detalhes sórdidos de um passado recente: a faixa presidencial é, neste momento, peça processual de uma sindicância instaurada pela Secretaria de Controle Interno da Presidência da República e supervisionada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Sendo assim, não poderia ser utilizada neste 07 de setembro. Por que isso? Vamos à imundície...

Em abril, após a Operação Lava Jato explodir o cofre de um famoso passista de quadrilha numa agência do Banco do Brasil na Avenida Paulista, em São Paulo, e descobrir centenas de objetos e obras de arte que pertencem à Presidência da República Federativa do Brasil — portanto, patrimônio público! —, o Tribunal de Contas da União realizou uma auditoria na área e descobriu que mais de 4.500 peças simplesmente desapareceram do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada entre 2003 e 2015.

Entre os objetos desaparecidos — sei...  está a famigerada faixa presidencial. Ou melhor, as faixas presidenciais. Porque, só agora, sabemos que são três! [Fonte:Revista Veja, 15/08/2016 →(veja aqui)]

Um parêntese importante. A faixa presidencial não é um mero pano verde e amarelo. O custo individual aos cofres públicos foi de R$ 55 mil. Para além do simbolismo, trata-se de uma joia. Cada uma delas possui 90 cordões de ouro confeccionados manualmente, além de dois broches: o primeiro, o Brasão de Armas do Brasil, com 27 estrelas em ouro 18K e detalhes em diamante; e o segundo com imagens da República, feito em ouro 24K e também com detalhes em diamante. Fecho parêntese.

Após a auditoria do TCU, a Secretaria de Controle Interno da Presidência abriu sindicância para apurar os fatos e, misteriosamente, uma das faixas apareceu num armário do Cerimonial do palácio e não no cofre oficial, onde deveria estar. No entanto, os broches tinham sido arrancados! Dias depois, os dois broches foram localizados, jogados embaixo de outro armário palaciano. E apenas uma das três faixas foi localizada. [Fonte: G1, 17/08/2016 →veja aqui]

A estatal Agência Brasil informa que "a Polícia Federal realiza perícia no local. A sindicância instaurada pela Secretaria de Controle Interno para apurar os desaparecimentos de itens do patrimônio da Presidência da República segue em curso. O prazo para conclusão da sindicância é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30". [Fonte: Agência Brasil, 17/08/2016 → veja aqui]

Portanto, coroa sem faixa é apenas uma consequência da herança de crimes deixados pelo PT nos 13 anos, 4 meses e 12 dias que ocupou a Presidência da República Federativa do Brasil.

Coisas de #BananeiraJeitinho 

Helder Caldeira

da Redação Ler comentários e comentar