O importante alerta de um coronel do Exército Brasileiro: Os Hackers Russos
18/02/2022 às 15:48 Ler na área do assinanteTive o desprazer de assistir a um vídeo que reunia três ministros do STF, presidentes eventuais de seu puxadinho, o TSE.
Nele, o próximo donatário daquele feudo finalmente admite, impotente, que o sistema é vulnerável à invasão de hackers e, com ameaças patéticas e vazias, principalmente para agentes estrangeiros, deixa clara sua incapacidade para evitá-las.
A admissão tardia dessa verdade após ter gasto dinheiro dos contribuintes em propagandas sabidamente mentirosas para afirmar o contrário, mesmo após um hacker ter permanecido viajando pelos escaninhos do TSE e de outras unidades da justiça eleitoral por cerca de oito meses, em pleno ano de eleições e, o que é mais revoltante nisso tudo, sem ser descoberto pelos servidores do próprio TSE, é um acinte para com a sociedade brasileira.
De acordo com informações tornadas públicas, essa pessoa teve acesso a tudo, absolutamente tudo que desejou, inclusive o código fonte, mas o presidente em exercício do TSE teve a desfaçatez de minimizar tal invasão e ainda declarar que ela não prejudicou os resultados do pleito, embora não tenha explicado em que ele se baseou para fazer essa declaração, pois todos os logs que poderiam esclarecer o percurso do invasor foram cuidadosamente apagados, segundo o TSE, acidentalmente...
Fica evidente a quem tem olhos de ver que, sem prejuízo de outras fragilidades, o TSE é incapaz de evitar uma invasão em seus sistemas, é incapaz de perceber uma invasão mesmo que ela transcorra por longo prazo e é incapaz de preservar informações tão importantes quanto os logs que permitiriam avaliar tal invasão.
O que mais falta para enquadrar essa organização nos quesitos de imperícia, imprudência e negligência?
É nessas mãos que repousam a isenção, a lisura e a exatidão dos resultados que deveriam traduzir a legítima vontade do povo soberano na escolha dos dirigentes de nosso País?
Em uma atitude deselegante, impatriótica e com o evidente intuito de causar embaraços ao nosso Presidente, que naquele momento personificava o Brasil em visita à Rússia, para a qual foi gentilmente convidado, naquele mesmo vídeo o futuro presidente do TSE acusa aquele país de estar se preparando para interferir dolosamente em nosso processo eleitoral.
Senhor Ministro, em um sistema como esse que o Sr. vai presidir, qualquer hacker, de qualquer país, tem condições de se locupletar. Como exemplo, o hacker que acampou em sua futura sesmaria por oito meses é português. Os russos, se vierem, ainda não chegaram.
Há anos que um número enorme de profissionais sérios e competentes vem reiteradamente apontando a precariedade de nosso processo eleitoral. E desde os tempos do Prof. Diego Aranha (hoje exilado na Dinamarca) e da Dra. Maria Aparecida Cortiz (hoje afugentada em Portugal) os Srs., ao invés de corrigir as evidentes deficiências do sistema, preferem ameaçar e perseguir aqueles que as denunciam.
Agora, em uma explosão de autoritarismo, um já afirmou que será considerado crime qualquer opinião exarada por quem quer que seja, que coloque em dúvida os resultados eleitorais impostos pelo TSE. Como Oficial do Exército Brasileiro, cioso de minha honra e de meus deveres, lhe afirmo Sr. Ministro, que crime na verdade é ter conhecimento de toda essa gravíssima situação e não denunciá-la.
Como o que realmente interessa é a confiabilidade da apuração dos votos, simples impressoras poderiam resolver todos esses problemas, mas desde a lei 12.034/09 que em seu Art. 5º exigiu que eles fossem impressos, o TSE se opõe encarniçadamente a essa solução. Afinal, o que há por trás dessa oposição? O que poderia estar ocultando tamanha renitência?
Sabe-se que o Exército encaminhou ao TSE uma série de questões sobre o funcionamento do processo eleitoral e que essas perguntas já foram respondidas. A sociedade espera que ditas respostas esclareçam perfeitamente todas as dúvidas, que elas não contradigam o que o Sr. Fachin declarou no referido vídeo e que explicitem como fará o Tribunal para derrotar todas as eventuais ameaças cibernéticas que até agora zombaram de sua segurança.
José Gobbo Ferreira. Coronel do Exército Brasileiro.