“Você está certo! Mas pelos motivos errados! E isso faz com que você esteja totalmente errado”! (Stephen King).
Eis que Barroso, o homem-deus que acredita ser o chefe da nação tupiniquim, publicou um artigo no blog “IberICONnect”, revista espanhola especializada em direito constitucional defendendo a regulação da Internet e das redes sociais.
Em outras palavras: censura!
Censura, pura e simples. Censura fantasiada de palavras e argumentos que só ele acredita, tais como:
- “...a ascensão das redes sociais "liberou todos os demônios que viviam nas sombras", a partir do aparecimento de "verdadeiras milícias digitais" e "traficantes de notícias falsas".
Ou essa outra afirmação “é interessante observar que, no início, cultivou-se a crença de que a Internet deveria ser um espaço aberto, livre e não regulado, mas essa percepção se desfez inteiramente. Existe consenso hoje da necessidade de regulação em planos diferentes”.
Consenso? Consenso de quem Barroso? Do PT? Das esquerdas ditatoriais? Ou você acredita que é uma unanimidade para fazer uma afirmação e todo mundo acreditar? A maioria absoluta, Barroso, tem horror a censura e não admite qualquer censura na Internet. Faça uma pesquisa simples. Pergunte a seus amigos. Vá a um supermercado e pergunte às pessoas se elas querem ser censuradas na Internet?
A “entidade deifica brasileira” acredita que as plataformas devem coibir os comportamentos inautênticos (como robôs); os perfis falsos; os conteúdos ilícitos que promovam crimes tipificados pela Justiça; e a desinformação, que consiste na criação ou difusão deliberada de notícias falsas”.
Oh! Oh! Barroso descobriu a roda! Quem é a favor disso? Para isso já existem leis, Barroso, como você afirma sem perceber no parágrafo acima:
“...crimes tipificados pela justiça”.
Barroso quer a censura e o nome da censura é “regulamentação das plataformas tecnológicas” para evitar “seu uso abusivo, a difusão da ignorância, da mentira e a prática de crimes de naturezas diversas”.
Ao final de seu texto diz ele triunfalmente:
“Saíram à luz do dia, sem cerimônia, os racistas, os fascistas, os desmatadores, os grileiros e supremacistas variados. É preciso enfrentá-los”.
O que quer Barroso com essa história toda? Segundo ele: “a democracia brasileira viveu "momentos graves", principalmente ante aos acontecimentos em 7 de setembro”.
Essa é a chave para você entender o porque Barroso quer censurar a Internet.
Cláudio Humberto, em seu blog, Diário do Poder, afirmou:
- “Bolsonaro domina todas as redes:
- Telegram, Bolsonaro soma 1,04 milhão de seguidores. Tem 1 milhão a mais que os lulistas,
- No Facebook Bolsonaro soma 14,5 milhões. Lula tem 4,8 milhões.
- No Instagram, 19,2 milhões seguem Bolsonaro e 4 milhões seguem Lula.
- No Twitter, Bolsonaro é seguido por 7,2 milhões de eleitores, Lula por 3 milhões.
- No Youtube, o presidente soma 3,6 milhões; Lula, 389 mil”.
É uma surra prá lá de Bagdá!
Essa sova sem tamanho suscita teorias incríveis na cabeça dos canhotas, provocando neles essas ideias ditatoriais e argumentos falaciosos para justificar a censura nas redes e na Internet.
O pensamento de Barroso é o mesmo de Lula, que também já se pronunciou nesse sentido.
O único modo de parar a força das redes sociais que apoiam Bolsonaro e que tem maioria esmagadora em todas elas é censurando.
E essa força foi determinante na vitória de Bolsonaro na última eleição.
Seria esse o verdadeiro “motivo condutor” ou “leitmotiv” de Barroso?
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Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)