Quem ganha com o combate do STF a "letalidade policial"?

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Nesta semana o STF formou maioria para determinar um plano de redução de letalidade das operações policiais no RJ. Um título bonito, que para a sociedade parece ser uma ação benéfica, esconde uma realidade amarga, pois na prática funcionará como um passe livre para os criminosos locais.

O STF começa sua discussão baseada num pré-conceito - desses que tanto dizem combater - de que a PM do RJ supostamente mata cidadãos inocentes sem motivo algum. Além de falacioso e repugnante, esta premissa ignora que a letalidade das operações policiais está muito mais ligada a ação armada dos criminosos do que a dos policiais, que normalmente reagem na tentativa de salvar suas vidas e cumprir sua missão constitucional.

Não por acaso, a origem desta discussão foi uma ação impetrada por partidos de esquerda, desses que pregam o fim da polícia militar e defendem narcoditaduras pelo mundo afora, e por entidades de direitos humanos, que no Brasil são reconhecidas apenas por defender criminosos.

Ambos buscavam impedir que a PM atuasse nas comunidades cariocas, restaurando a ordem e combatendo a criminalidade.

Uma das exigências "geniais" do plano do STF - que extrapola seu limite de atuação e invade a competência do Executivo ao elaborar políticas públicas - é a proibição de operações policiais noturnas, como se o crime magicamente dormisse ao anoitecer. E mesmo as de dia, devem ser justificadas à justiça, ignorando o risco que o vazamento destas informações poderia causar aos policiais e aos inocentes.

Ora, será que ninguém avisou os Ministros que durante a noite ocorrem diversos crimes nas comunidades cariocas, que operações noturnas por vezes são mais seguras visto que os policiais ficam menos visíveis e vulneráveis num terreno preparado e pré-ocupado pelos criminosos, e que há menos crianças e inocentes circulando nas ruas?

Ah, e principalmente que esta medida tornará as comunidades de fato, e agora também de direito, territórios livres para o cometimento de crimes, inalcançáveis pelas leis e até mesmo pela Polícia? 

Nas comunidades cariocas, o crime por décadas ocupa os espaços que o poder público é ausente. Um dos únicos "braços" do Estado que ainda chega até a comunidade, é a Polícia.

Castrar, reprimir e condenar sumariamente as atividades de quem arrisca diariamente sua vida pra defender a sociedade, mais do que um erro e uma injustiça, é privar o cidadão mais humilde e trabalhador que é a imensa maioria dos moradores dessas comunidades, de ter a esperança de uma vida livre dos mandos e desmandos do crime.

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Mariana Lescano

Policial Penal, Armamentista e Conservadora.
Suplente de vereadora em POA.
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Acompanhe meu trabalho nas redes sociais: @policialmarianalescano

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