A polaridade política que não deveria existir! As diferenças são abismais!

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Sinceramente, eu não consigo compreender essa criação de polaridade política que insiste em preencher manchetes da imprensa, discussões e possibilidades eleitorais para 2022.

As diferenças entre o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente, atual ex-condenado (mas não inocentado, ainda réu) e ex-presidiário, Luís Inácio, o Lula, são tão acachapantes, irrefutáveis, que fica difícil assimilar o que leva à manutenção dessa lógica. Entre eles, aí, sim, existem polaridades de caráter, de moralidade, de comportamento, enfim...

Claro, a política, por si só, é a única, e exclusiva, possibilidade que podemos aventar para justificar tamanha aberração. A discrepância de valores e fatos é absolutamente perceptível e explícita. No entanto, o que se vê é um cenário caótico, sob o ponto de vista da inteligência humana e do senso crítico.

Senão, vejamos os fatos... Lula é ladrão, Bolsonaro é “motociclista”.

O molusco é condenado, Bolsonaro não é.      

O nove dedos é falso, Bolsonaro é autêntico.

O petista é mentiroso, Bolsonaro é franco (até demais).

Lula só existe em pesquisas, Bolsonaro nas ruas.

O capiroto é sombrio, Bolsonaro é transparente.

O mundo dos dois é completamente antagônico. Enquanto o cachaceiro vive de falácias e discursos, o presidente vive de atos governamentais e republicanos. Ambos estão soltos, mas só um deles é livre. O mundo do sapo barbudo é sujo e malcheiroso, sempre fechado, às escondidas, marcado por encontros capciosos e ardilosos. Já o mundo que Bolsonaro escolheu é livre e público.

Enquanto o lularápio fala em dominar pelo estado, em censurar a imprensa, a internet, “colocar no devido lugar” os militares e a igreja, e voltar com a velha política do toma lá, dá cá, Bolsonaro trabalha a liberdade de expressão e a democracia no seu estado mais puro.

É o nefasto e o auspicioso. É a estagnação e a ascensão. É a suspeição e a fé.

As figuras, de toda e qualquer origem, que trafegam o mesmo caminho da mula canhota vão de pessoas vazias às peçonhentas, das venais às criminosas. Onde há obscuridade essa gente estará orbitando. Os valores que separam Lula e Bolsonaro são tão díspares, que o crível é sacrificado e jogado numa masmorra lúgubre por malfeitores que atuam no país. Uma vergonha!

Então, de onde vem tamanha capacidade para sustentar essa polaridade política?

O brasileiro há de se lembrar das forças ocultas que certa vez Jânio Quadros avocou para justificar sua renúncia à presidência em 1961. Anos mais tarde, Jânio alterou a expressão “forças ocultas” para “forças terríveis”, alegando que os atos conspiratórios contra seu governo nada tinham de oculto.

Será que o momento atual é um retrato fiel daquele período? Não há dúvida quanto às conspirações em curso, vindos de todos os lados, mas, e o desfecho, como será? O presidente Bolsonaro, claramente, trabalha para que tudo não se repita. Em claro e bom som ele já disse que os reflexos podem ser perturbadores para o povo brasileiro.

Democracia e república são conceitos basilares deste governo, e, pelas palavras do presidente, resumidos à expressão “dentro das quatro linhas da constituição''.

Enquanto o lado maquiavélico da nossa política não parece preocupar-se com isso... Basta olhar quem, o que e como funciona a periferia da esquerda.

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Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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