Javier Milei, o "Bolsonaro argentino", doa 100% de seu salário como Deputado

04/02/2022 às 13:24 Ler na área do assinante

Mostrando desprendimento material, Javier Milei, o "Bolsonaro argentino", anuncia que vai sortear seu segundo salário como deputado.

Um deputado argentino ganha cerca de R$ 24.000,00 – o que para os padrões argentinos é uma fortuna.

O sorteio tem movimentado multidões na internet argentina. Qualquer pessoa física com mais de 18 anos pode se registrar na plataforma.

O objetivo do deputado argentino é constranger os políticos que só estão na política pelo dinheiro e privilégios, sem nenhuma vocação pública e nenhum interesse em se aprofundar nos detalhes da complexa gestão pública.

Na Argentina, assim como no Brasil, na práxis política, 80% dos parlamentares e chefes de executivo se dedica a prospectar e implementar privilégios e penduricalhos para os próprios operadores do sistema.

Devido a críticas, Milei esclareceu nas bases e condições do sorteio que está certificada que "todos os dados pessoais serão tratados estritamente confidencialmente e não serão compartilhados ou transferidos com terceiros, exceto para processamento por meios de computador para fins do sorteio, em estrita conformidade com a Lei 25.326 e seu decreto regulatório 1.558/01".

Quando o sorteio será realizado? Como previsto desde La Libertad Avanza, o sorteio salarial será feito mensalmente, como Milei prometeu antes das eleições.

Espera-se que o nome do próximo vencedor seja conhecido nos primeiros dias de fevereiro, com uma data a ser definida nas próximas horas pelo deputado pela Cidade de Buenos Aires.

O primeiro sorteio foi realizado em 12 de janeiro, com um evento popular em Mar del Plata. O sortudo foi Federico Nacarado, de Buenos Aires.

Sua história de vida chamou a atenção e se tornou viral, pois ele se identifica com o "kirchnerismo", um esquerdista portanto.

"Acho que ele faz isso por marketing, mas serve a ele e a nós também, então não reclamo", disse o vencedor do primeiro sorteio de Milei na imprensa.

E fica a pergunta: num país governado pela esquerda, deve haver um ‘Lula Argentino’, também. Será que esse ‘Lula Portenho’ vai doar seu rendimentos também?