Encontro de Bolsonaro com Putin causa 'calafrios' em Biden, que confessa "preocupação"
03/02/2022 às 12:27 Ler na área do assinanteO secretário de Estado do governo de Joe Biden, Anthony Blinken, afirmou ao ministro das Relações Exteriores do Brasil que enxerga com preocupação a visita oficial do presidente Jair Bolsonaro a Vladimir Putin, marcada para 14 a 17 de fevereiro.
Em ligação telefônica, Blinken pediu uma posição mais incisiva do governo brasileiro contra a ameaça de invasão da Ucrânia pela Rússia.
O governo ‘progressista’ de Joe Biden parece não ter entendido a importância estratégica do Brasil nesse novo cenário internacional, tanto que, desde a aposentadoria do embaixador Todd Chapman, a embaixada dos EUA está sem titular no país.
Apesar do governo americano ter indicado a diplomata de carreira, Elizabeth Frawley Bagley, ela ainda não assumiu a embaixada americana em Brasília. E, de qualquer forma, ela não tem background para confrontar o agressivo embaixador chinês Yang Wanming.
Apenas pedir ao Brasil que aja daquela ou desta forma para atender os interesses americanos é inócuo. Os EUA tem que se posicionar como aliado leal ao Brasil quando enfrentamos a pressão chinesa ou bravatas do presidente francês Emmanuel Macron falando de ‘internacionalizar a Amazônia’.
Mesmo assim, em entrevista à Rede Record, o presidente adiantou que não vai tratar sobre o conflito na Ucrânia em sua visita à Rússia:
“Os países tiveram problemas no passado semelhantes a esse. A gente espera que tudo se resolva, com tranquilidade e harmonia, o Brasil é um país pacífico.
Agora, obviamente, se esse assunto vier à pauta, será pelo presidente russo, não pela nossa parte. Queremos é cada vez mais integrar com o mundo todo na relação comercial, e poder colaborar, no que for possível, para a paz mundial”, tranquilizou o presidente Bolsonaro.
A política externa americana desde a posse de Biden parece estar nos anos 50, na guerra fria quando o grande rival dos EUA era a Rússia (URSS, à época).
Os governos da América do Sul estão caindo, um a um, nas mãos da esquerda: Venezuela, Argentina, Bolívia, Chile e o principal aliado desses países não será a Rússia, muito menos os Estados Unidos mas sim, a China!
Assine o JCO:
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.