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Para OEA democracia na Venezuela deu lugar à tirania
23/08/2016 às 15:30 Ler na área do assinante
A manifestação da Organização dos Estados Americanos (OEA) reforça a posição do chanceler brasileiro José Serra, no sentido de impedir que o Nicolas Maduro assuma a presidência do Mercosul.
Em função do sistema de rotatividade, o presidente venezuelano assumiria a presidência da entidade.
O ministro brasileiro se insurgiu, conseguiu apoio da Argentina e do Paraguai, mas nos últimos dias envolveu-se numa desavença com o Uruguai.
Porém, a posição adotada pela OEA reforça sobremaneira a posição de Serra.
O secretário-geral Luis Almagro, proclamou nesta segunda-feira (22) o ‘fim da democracia’ na Venezuela, cujo governo classificou de ‘regime’, além de ter chamado a situação que impera no país de ‘tirania’.
Em carta dirigida ao opositor Leopoldo López, político preso e condenado sem provas a 14 anos de prisão, Almagro disse que ‘não há hoje na Venezuela nenhuma liberdade fundamental nem nenhum direito civil ou político’. ‘Nenhum foro regional, ou sub-regional, pode desconhecer a realidade de que, hoje, na Venezuela, não há democracia nem Estado de Direito’, vaticinou Almagro.
‘Foi ultrapassado um nível que significa que é o fim da democracia. A comunidade internacional é clara ao pedir não mais tirania no céu. Um céu que já não existe’, conclui o secretário-geral.
Maduro enfrenta o descontentamento de uma população que sofre com escassez de alimentos e remédios, que atinge 80% do país, e uma inflação de 180,9% em 2015.
da Redação