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Por Toffoli, Gilmar Mendes abre guerra contra o Ministério Público Federal
23/08/2016 às 09:03 Ler na área do assinante
Para o ministro Gilmar Mendes foram os próprios procuradores que vazaram a citação do nome do ministro Dias Toffoli na proposta de delação premiada do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro.
O ministro enfatizou que os magistrados podem estar diante de ‘algo mórbido que merece a mais veemente resposta’.
De quebra, Gilmar Mendes bombardeia com veemência e ironia, algumas das dez propostas de combate à corrupção elaboradas pelo Ministério Público Federal. ‘Eles estão defendendo até a validação de provas obtidas de forma ilícita, desde que de boa-fé. O que isso significa? Que pode haver tortura feita de boa-fé para obter confissão? E que ela deve ser validada?’
Ainda no entendimento do ministro, se lançando abertamente contra o Ministério Público, ele diz: ‘Não é de se excluir que isso esteja num contexto em que os próprios investigadores tentam induzir os delatores a darem a resposta desejada ou almejada contra pessoas que, no entendimento deles, estejam contrariando seus interesses’.
Nesse sentido, ele complementa dizendo que as decisões de Toffoli que davam liberdade a réus da Lava Jato e que fatiavam as investigações ‘contrariaram [os procuradores] a tal ponto que alguns deles chegaram a escrever um artigo na Folha (jornal Folha de São Paulo) achincalhando o ministro’.
da Redação