Tem muito asno se sentindo e se portando como cavalo árabe

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Último dia do ano e eu praticamente passei em claro.

Meu Tico e Teco conversaram bastante...

Conversaram sobre o mundo que vivemos, sobre o que viveremos, sobre oportunidades perdidas e sobre como a comunicação faz toda a diferença.

Ando um pouco assustada com ignorância humana. Não que eu seja alguém muito inteligente… meu pai brinca que somos “as” em tudo o que fazemos... asnos mesmo…

Mas hoje vejo que tem muito asno se sentindo e se portando como cavalo árabe.

Primeiro, quem é muito inteligente já deveria saber que não adianta nada ser formador de opinião, guru ou caga regra se não tiver inteligência emocional.

Inteligência emocional é você saber a hora certa de mandar alguém a ‘merd*’….

Um VTNC na hora errada pode destruir anos de aulas de filosofia.

E nisso estamos muito atrasados!

O que mais me impressiona é que as pessoas pararam de pensar! Compram qualquer narrativa como se fosse verdade absoluta.

A pandemia escancarou isso!

E não, não estou falando sobre acreditar ou não nas vacinas ou em tudo mais a respeito. Estou falando em ter certeza de algo em que não há certeza.

Sabe quando saberemos a verdade? Daqui anos ou talvez décadas.

Mas todo mundo hoje tem a sua verdade absoluta. Seja porque a Globo falou ou se porque a Globo falou então pensarei o contrário.

Eu criei meu Tico e Teco de maneiras bem diferentes. E eles discutem bastante!

Em alguns temas eles concordam com absolutamente tudo. Em outros divergem bastante. E são nessas divergências que eu vou evoluindo nas minhas viagens.

E até por ter a mente tão bem inconstante, tentando evoluir mais, que não me conformo com pessoas que se acham superiores o suficiente para menosprezar o que pensa o outro.

Ao fechar os ouvidos, você se perde em você. Se perde no silêncio da sua mente.

Aprender a ouvir é uma etapa importante na evolução humana. Mas, a etapa mais importante é pensar a respeito do que ouviu.

Estamos na era da informação e comunicação rápida. Se você não souber lidar com isso, ficará pra trás.

Martin Luther King transformou os EUA (e o mundo) em uma “revolução do amor”, como ele dizia.

Que em 2022 sejamos menos: menos arrogantes, menos manipulados, menos rancorosos e menos preguiçosos.

Sejamos menos gurus e mais soldados.

O mundo precisa de nós!

Feliz Ano Novo!

Flávia Ferronato. Advogada. Coordenadora Nacional do Movimento Advogados do Brasil.

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