Enquanto no Brasil faltam vagas na indústria automobilística, com um crescente número de desempregados, sobram vagas no México.
Aparentemente, o problema principal não é falta de gente. É falta de salários.
A Alemanha é quem paga mais pelo trabalho (US$ 26,25 por hora) seguida pelos EUA (U$ 23,83). A Coreia do Sul, ingressante no mercado com salários baixos, hoje já paga, em média, US$ 12,99 por hora. Mais que o dobro do Brasil, que aparece nessa estatística com US$ 6,17.
A China paga menos que o Brasil, mas só um pouco menos (US$ 5,19) e a outra notícia dá conta que os salários continuam aumentando. Sendo essa a razão principal da suposta carência de mão-de-obra. Os trabalhadores querem ganhar mais e algumas empresas preferem colocar robôs do que aumentar os salários. A disputa entre o homem e a máquina não é tecnológica, nem de produtividade. É de custos. Esse é o jogo. Elementar, meu caro.
O problema do México é esse ai.
O custo médio seria de US$ 3,29 por hora, quase a metade do Brasil. Tem mexicano preferindo ser flanelinha do que ser metalúrgico. Não faltam trabalhadores. Falta salário.
Jorge Hori